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Cruyff diz que Van Gaal não tem direito de reclamar de calendário

Em sua coluna no jornal De Telegraaf, ídolo lembra que profissionais são bem pagos para trabalhar durante o período de festas

Por Mark Gleeson
Atualização:

A lenda do futebol holandês Johan Cruyff disse que o técnico Louis Van Gaal não tem o direito de reclamar da maratona de jogos durante as festas de fim de ano no Campeonato Inglês, já que escolheu trabalhar na Inglaterra. Em sua coluna semanal no jornal De Telegraaf, Cruyff disse que o técnico do Manchester United precisa aceitar a forma inglesa de dirigir a liga local, sem um intervalo no inverno do Hemisfério Norte. "Se você escolhe um trabalho na Inglaterra, então você escolhe pelo bem-sucedido sistema deles, que é baseado na proposta de que os estádios abrem assim que os torcedores estiverem disponíveis para assistir, e isso acontece nas festas de fim de ano", disse Cruyff. "Jogar futebol entre o Natal e o Ano Novo é uma guerra de atrito e favorece os times fisicamente mais fortes."

Cruyff criticou Van Gaal em coluna publicada por jornal holandês Foto: Alejandro Acosta/Reuters - 21/10/2012

Qualquer tentativa de Van Gaal de mudar o sistema está destinada ao fracasso, acrescentou Cruyff, que tem relação atribulada com o compatriota e tem criticado a forma como Van Gaal organiza o United desde que assumiu o time em julho. "(O sistema) tem funcionado bem desde que se tem lembrança e nos próximos 100 anos vai continuar funcionando", afirmou. "Reclamar não faz sentido nenhum se todos à sua volta estão felizes. Mais que isso, todo mundo é bem pago para trabalhar no período de festas." Van Gaal disse que o calendário lotado de partidas no fim de ano na Inglaterra negligencia o bem-estar dos jogadores. "Todos sabem que o corpo não pode se recuperar em 48 horas", disse ele no mês passado. "Além disso, existe uma regra na Uefa e na Fifa de que você não pode jogar as partidas em um intervalo de dois dias. Os cientistas provaram isso, todos sabem isso, e apesar disso, temos que jogar", acrescentou. "É a cultura da Inglaterra. Eu não me importo, mas não é bom para os jogadores, não é bom para a saúde dos jogadores, e não é bom para o jogo."

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