Cruzeiro: fim de parceria com a Hicks

A dois dias do confronto com o Corinthians, pela Copa do Brasil, a diretoria anunciou o fim do contrato com o grupo norte-americano, que deveria durar até 2009.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A dois dias do confronto decisivo com o Corinthians, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, a diretoria do Cruzeiro - assim como o Alvinegro, também parceiro da Hicks Muse Tate & Furst desde janeiro de 2000 - anunciou na tarde desta segunda-feira o fim do contrato com o grupo norte-americano, que deveria durar até 2009. Segundo o presidente cruzeirense e deputado federal Zezé Perrella de Oliveira Costa (PFL-MG), um dos motivos do encerramento da parceria, que vinha sendo previsto desde o final da última temporada, é o novo modelo que a Hicks quis adotar. "Dentro da nova filosofia deles de gastar apenas o que o clube arrecada, não precisamos de parceiro", disse Perrella. "O contrato foi bom enquanto durou, mas não vai fazer a menor diferença eles irem embora porque o Cruzeiro está com as contas em dia." De acordo com o dirigente, a Hicks investiu no Cruzeiro R$ 20 milhões para contratação de jogadores, sobre cujos passes ganhou direito a metade dos valores. Também teve gastos com a folha salarial do clube, ao longo dos quase dois anos de contrato, e amargou prejuízos superiores a R$ 40 milhões. Perrella entende, no entanto, que o déficit pode ser atribuído a fatores externos. "Eles vieram para o futebol brasileiro em um ano ruim, com todas as CPIs." Com o fim do contrato, que deve ser formalizado nos próximos dias, o dirigente informou que o Cruzeiro fica devendo US$ 2 milhões ao grupo norte-americano, referente à eventual venda de passes de atletas do departamento amador. A Hicks também tem direito a 50% dos passes de Oséas, do zagueiro Luisão e do meia colombiano Viveros, ainda pertencentes ao Cruzeiro. Em contrapartida, terá de depositar na conta do clube mais R$ 1,1 milhão para cobrir as despesas do departamento de futebol, até março deste ano. O presidente assegurou ainda que, mesmo sem contar mais com a Hicks, mantém a determinação de encontrar parceiros para a construção de um estádio - o que estava previsto no acordo com os norte-americanos. "Vamos buscar parceiras para o empreendimento."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.