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CT do Palmeiras precisa de reformas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Onde o Palmeiras treina não nasce grama. E isso nada tem a ver com alguma maldição de torcedores corintianos, tampouco com a qualidade do terreno, pois numa imagem aérea conseguida com a ajuda do site Google Earth é possível perceber que no CT do São Paulo tudo é mais verdinho. A Academia do Palmeiras, na Barra Funda, precisa de uma reforma em todos os setores, já solicitada pelo técnico Emerson Leão, com o aval do presidente Affonso Della Monica. Ainda não existe uma verba disponível para isso no clube. Estima-se que R$ 5 milhões sejam um bom começo para fazer as obras indicadas pelo novo treinador, como a melhoria no gramado dos três campos (Leão diz que dois são suficientes), a construção de uma concentração e de um bom refeitório. Alberto Strufaldi, diretor do departamento amador do Palmeiras, foi um dos responsáveis pela construção do CT do Palmeiras na Barra Funda, em 1992, quando o time era dirigido por Nelsinho Baptista e tinha em seu elenco jogadores como o zagueiro Toninho, o volante César Sampaio e o atacante Evair. "Começamos com um campinho, onde o Nelsinho dava seus treinos. Na época, fizemos um churrasco para os conselheiros aqui mesmo no CT. Nossa intenção era levantar fundos para a construção. Alguns diretores contribuíram com material de construção", recorda-se Strufaldi, que aguarda um contato melhor com Leão para saber do treinador quais são suas exigências em relação à Academia 1. Havia um refeitório no CT da Barra Funda, mas foi desativado cinco anos atrás. Os dirigentes, na época, entenderam que ele não tinha muita serventia no local. O refeitório era modesto. Alimentava apenas os garotos das categorias de base. Jogadores do profissional quase nunca comiam lá. Hoje, os atletas do Palmeiras B, que treinam na Academia da Barra Funda, fazem suas refeições no Nacional, do outro lado da avenida Marquês de São Vicente. Há um convênio entre os dois clubes. Strufaldi sugere uma série de reformas onde hoje são os vestiários da Academia, debaixo da arquibancada do campo 1 do CT. "Temos ali um bom espaço, que podemos pensar em reformar tudo", disse. Mas dependerá das "ordens" de Leão. Outro problema na Academia 1 diz respeito ao ginásio construído para abrigar as equipes de vôlei, basquete e futebol de salão. Trata-se de um "elefante branco", coberto, bonito, mas sem função para o futebol profissional. "Fizemos a quadra, mas logo depois nossas equipes de basquete, vôlei e futsal foram desmanchadas. O lugar acabou servindo para treinar o time principal em dias de chuva ou de muito frio", disse Strufaldi. A demolição do ginásio, entretanto, está descartada. No acordo do Palmeiras com a Prefeitura de São Paulo, o clube ganhou o terreno de 45 mil metros quadrados com a responsabilidade de "oferecer" parte do espaço para a comunidade. "O nosso ginásio poliesportivo acabou tendo essa finalidade. Emprestamos a quadra para a realização de campeonatos das escolas da prefeitura", comentou o dirigente das categorias de base. A primeira providência pedida por Leão será isolar a Academia e deixá-la exclusivamente para o uso da equipe principal. O time B terá de treinar na Academia 2, em Guarulhos, onde há cinco campos. A segunda modificação será melhorar a grama dos campos. Leão não entende como dois terrenos vizinhos (Palmeiras e São Paulo) podem ter gramas tão diferentes. Basta olhar a imagem aérea dos CTs para ver a diferença. Os campos do São Paulo são mais verdes e mais bem cuidados. "Estamos tentando melhorar. Perto do campo três, no pé do ginásio, estamos construindo uma sala de musculação. O Leão vai nos dizer o que ele quer?, disse Strufaldi.

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