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Daniel Alves se declara ao São Paulo e projeta volta de títulos

Lateral-direito é apresentado, reforça sonho de disputar a Copa do Mundo de 2022 e quer estrear no sábado contra o Santos

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Por Guilherme Amaro
Atualização:

Aos 36 anos, Daniel Alves concedeu na noite desta terça-feira sua primeira entrevista como jogador do São Paulo. No auditório do salão nobre do Morumbi, o lateral-direito deixou claro que chega ao clube para realizar seu sonho de defender o time do coração. Seus objetivos, a partir de agora, são ajudar o São Paulo a conquistar um título importante e ainda trabalhar para ser convocado pelo técnico Tite para disputar a Copa de 2022, no Catar, com a seleção brasileira

A apresentação de Daniel Alves teve início com os discursos do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do diretor executivo de futebol Raí. Quando Daniel Alves ficou sozinho na mesa, falou por cerca de 40 minutos sobre diversos assuntos. Disse que não chega para ser o “salvador da pátria”, quer jogar pelo menos alguns minutos contra o Santos e ainda sobre a possibilidade de atuar no meio de campo.

Daniel Alves chega ao São Paulo Foto: Rubens Chiri/Sãopaulofc.net

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“Queria pedir desculpas até pelos nervos. Mesmo tendo vivido muitas coisas, hoje é um momento único para mim. Hoje estou realizando um sonho de criança, sonhei muito com esse momento. Eles não estão contratando um jogador de futebol, estão contratando um torcedor do São Paulo, que se emocionou com momentos de Raí e com outros tantos nomes, como Lugano, Kaká, Luis Fabiano, Muller, Cafu e por aí vai... É muito prazeroso viver esse dia”, discursou Daniel Alves.

O lateral aproveitou a fala de Raí, que afirmou que um “novo São Paulo estava em construção”, para dizer que chega para ajudar o clube, que nos últimos anos ficou para trás em relação aos maiores rivais, a se reerguer. “Chego para poder retribuir com minha experiência e meu trabalho para que o São Paulo possa aspirar títulos. É um clube de conquistas, vitorioso. Por isso voltei, topei esse desafio, porque sei da história do clube e sei que está necessitando de troféus. Esses desafios são o que me motivam na minha vida. Poder escrever uma história aqui tem um sabor especial”, disse.

De olho na disputa da Copa do Mundo de 2022, Daniel Alves recusou propostas de clubes do exterior e assinou com o São Paulo justamente até o fim de 2022. Ele disse não ter conversado com o técnico Tite sobre a escolha nem mesmo com seus familiares. O objetivo foi deixar “o coração decidir”.

“A primeira coisa que solicitei ao São Paulo foi que eu precisava de solidez, de projeto, de estabilidade esportivamente falando, porque tenho objetivos. Preciso construir essa história sabendo de todas as dificuldades. Os sonhos que tenho são superiores a qualquer dificuldade que possa existir no caminho. Tenho o objetivo de tentar jogar a Copa de 2022, e isso passa por um clube que acredita no meu profissionalismo e na minha história no futebol. Acredito que esse foi o ponto primordial. Para uma pessoa que já tem uma certa idade no futebol, um clube que aposta tanto assim merece a retribuição com sacrifício, entrega e resultado. Vim para dar resultado. Não quero que pensem que estou encerrando minha carreira”, declarou.

"Não conversei com o Tite, nem com minha esposa e meus amigos sobre minha decisão de vir para o São Paulo porque não queria que houvesse intervenção por parte deles em nenhum aspecto. Deixei meu coração tomar a decisão. No PSG, não estava atuando como lateral, conheço todas as posições. Sou um jogador de resultados, e pretendo que assim seja. Não que seja um falatória, uma teoria ao invés da prática. Que esse encontro de sensações e experiências entre mim e o São Paulo possa construir coisas importantes. Estão se juntando duas histórias incríveis tentando caminhar e correr para o mesmo lado", completou.

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O último jogo de Daniel Alves foi a final da Copa América, no dia 7 de julho, quando o Brasil venceu o Peru e ficou com o título. Mesmo assim, com pouco tempo de preparação, ele gostaria de entrar em campo no sábado, no clássico com o Santos, no Morumbi. “Eu estava enchendo o saco do Lugano, do Raí e do presidente que eu queria sentir esse jogo de sábado. Vamos ver se é possível. Venho aqui para jogar, para ajudar, para fazer as coisas um pouquinho melhor” disse o lateral, que atuou por 17 anos na Europa.

Daniel Alves ainda explicou os motivos de ter pedido para usar a camisa 10 no novo clube. “Não quis pegar o número de ninguém e optei por usar a 10 do Raí. Para não causar nenhum tipo de dúvida de que vim para somar. Não quero ser mais importante do que ninguém. Para os meus companheiros não acharem que, por mais que eu venha da Europa com uma bagagem muito grande, não sou melhor do que eles. Vou ser tratado da mesma forma”, afirmou.

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