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Danilo comemora, mas Fabão protesta

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Por Agencia Estado
Atualização:

O meia Danilo deixou o campo aos 21 minutos do segundo tempo bastante aplaudido pela torcida. O jogador, alvo de críticas do diretor de Futebol Juvenal Juvêncio após o duelo de quarta-feira, contra o Quilmes (2 a 2), estava de alma lavada. Sabia que precisava de um bom jogo para apagar a imagem de atleta sem espírito de luta, como definiu o dirigente. "O professor (Leão) cobra para arriscar e graças a Deus hoje pude acertar dois belos chutes", vibrou Danilo. "Um jogador que merece, pois não tem reconhecimento e vem nos ajudando desde o ano passado", disse Rogério Ceni, elogiando o companheiro. Sobre o jogo: "Um resultado ilusório, mas muito bom pelo saldo de gols (agora de 9 a mais que o Santos)." No intervalo, uma polêmica que pode acabar nos tribunais. Fabão disse ao árbitro Bernardino Domenico Júnior que o argentino Frontini, do Marília, o chamou de macaco. O atacante negou. "O Frontini repetiu a vergonha que os hermanos dele fizeram na Libertadores (quarta-feira xingaram Alê, Mineiro, Grafite)", bronqueou Leão. O juiz insatruiu Fabão a fazer boletim de ocorrências. Independente disso, a Secretaria Especial de Participação e Parcerias (coordenadoria do negro, da juventude, do idoso e da mulher), criada pelo prefeito José Serra, vai entrar com pedido de investigação na Federação Paulista de Futebol. "Este fato tem de ser apurado de forma rigorosa e punido com o rigor da Lei", pediu Edson Domingues, assessor e porta-voz do secretário Gilberto Natalini. Uma hora após o jogo, o supervisor do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, pegou Frontini nos vestiários e o levou até Fabão, que tinha acabado de fazer exame antidoping. A paz foi selada ali, na sala do exame do Morumbi, evitando polêmica e até mesmo um boletim de ocorrência por injúria, pela acusação de discriminação racial. "As coisas do jogo devem acabar no jogo. O importante são os corações das pessoas", amenizou Cunha.

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