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De férias, Diego Souza faz surpresa ao pai

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma situação inesperada alterou ontem a rotina de seu Geraldo, um tranqüilo corretor de valores que trabalha no Centro de São Paulo. De férias após ajudar o Palmeiras a subir para a Série A do Brasileiro, seu filho Diego Souza resolveu tirar o dia para visitá-lo. Em 19 anos, foi a primeira vez que o jogador teve a chance de conhecer de perto a rotina de trabalho do homem que trata como ídolo. "Ele nunca me trouxe antes aqui porque quando eu era criança tinha a mania de mexer em tudo", confessa Diego. "Realmente, ele não está errado", confirma Geraldo, que não conteve a emoção pela presença do filho. O meia, no entanto, não poderia ter escolhido dia pior para fazer a surpresa. Responsável pelo controle de importação e exportação de um grande conglomerado multinacional, Geraldo mal teve tempo para conversar com o filho, já que dois funcionários de seu departamento faltaram. Mas nem por isso deixaram de recordar fatos marcantes, alguns não tão positivos. "Lembra dessa foto, meu filho? Você ainda jogava na lateral esquerda." Na tela do computador, um Diego Souza com cara de assustado corria atrás de um atacante do Atlético-MG em um partida do Campeonato Brasileiro de 2002, vencida pelo time mineiro por 4 a 0. Diego não perdeu a chance de brincar, ao saber que o dono da corretora é palmeirense: "Bom saber disso, porque agora eu vou pessoalmente pedir um aumento para o meu pai." Pelo filho, até o Corinthians ficou para trás. Fanático por futebol, Geraldo não esconde que deixou de lado o amor pelo Corinthians para torcer pelo filho. E a preocupação com o futuro do camisa 10 do Palmeiras fica evidente a cada declaração. "O Diego é muito novo, tem muito gás, mas uma coisa tem de bom: jamais mentiu para nós. Em qualquer circunstância, a gente sabe onde encontrá-lo." Os conselhos continuam. "Tento mostrar a ele que o futebol é ingrato, e que o ditado que diz que se deve matar um leão por dia nunca caiu de moda. Por isso, sempre que posso gravo os jogos para mostrar a Diego seus erros." Mas os dois também conseguem enxergar o lado bom do sucesso. "Todo dia aparece alguma festa para eu ir", conta Diego. "Com seu talento dentro de campo, ele comprou uma casa maravilhosa para nossa família", revela Geraldo, que só lamenta o fato de o filho não ser mais tão caseiro quanto antes. "Acho que seria bom se ele curtisse cada vez mais esse novo cantinho." Contratos - Segue a indefinição em relação à renovação dos contratos de Elson, Lúcio, Baiano e Daniel, cujos vínculos com o Palmeiras terminam no dia 31. A situação de Baiano deve ser resolvida na terça-feira. Seu procurador, Tadeu Presto, fez uma proposta de renovação por dois anos ao diretor Mario Gianini, que ficou de estudar. Daniel, que está em São Caetano em fase final do tratamento de uma lesão no joelho esquerdo, deverá iniciar contatos nos próximos dias. Já Oliveira Júnior, que representa Lúcio e Elson, manteve apenas conversas preliminares com a diretoria do Palmeiras. Clécio, irmão de Lúcio, espera que a situação se defina até o início desta semana. "Chega de blábláblá. Fala-se muito em propostas para o Lúcio de Corinthians, São Paulo e Cruzeiro, mas de oficial não há nada. Aliás, faz cinco dias que não conversamos com o Oliveira."

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