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De virada, Suíça bate o Equador com gol no fim e lidera Grupo E

Depois de começar perdendo, equipe soube se aproveitar das substituições feitas por Hitzfeld e venceu com gol nos acréscimos

Por Fábio Hecico
Atualização:

O técnico Ottmar Hitzfeld mostrou que tem estrela. Ele fez duas substituições no ataque da Suíça e sua seleção, com gol dos substitutos, venceu o Equador, de virada, por 2 a 1. O triunfo saiu com menos de 20 segundos para o apito final, numa jogada de raça de Behrami, que roubou a bola na defesa e levou a seleção ao ataque para Seferovic decidir.

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Com a França com ligeiro favoritismo, a possível "decisão" da outra vaga do grupo E terminou com o favorito ganhando no sufoco. A cabeça de chave Suíça e sua nova metodologia de ousar no ataque, e o rápido e atrevido Equador, proporcionaram mais um jogo legal na Copa que, por pouco, não viu o primeiro empate num Mané Garrincha pintado de vermelho e amarelo.

Foi a primeira vitória da suíça em copas diante de um rival sul-americano. Antes, foram cinco tropeços, o que causava temor em Ottmar Hitzfeld. Ele passou a semana dizendo que não era fácil vencer adversários sul-americanos e, na persistência, finalmente pôs fim ao incômodo jejum.

Diferentemente dos outros oito jogos da competição até o momento, pela primeira vez um início foi sonolento e cheio de erros, para desespero da torcida, que resolveu mostrar sua indignação. Bola recuada para o goleiro foi motivo de vaias. Toques de lado também. Numa Copa com jogos de encher os olhos, o torcedor de Brasília mostrou sua exigência com menos de 10 minutos de partida.

Primeira finalização só aos 12 minutos. Com Xhaka, de longe e para longe. Aos 15 ele mostrou que não é uma das apostas do time por acaso. O camisa 10 passou como quis pelo zagueiro e bateu rasteiro. O goleiro defendeu.

A pressão da torcida no começo parece ter acordado os suíços, que alugaram o meio-campo ofensivo. Rodriguez também testou o inseguro goleiro equatoriano, que se atrapalhou para jogar para escanteio.

Acuado, o Equador só vivia de contragolpes. Raros, mas rápidos e perigosos com o baixinho Montero causando estragos na defesa europeia. Num deles, falta na lateral. Na cobrança, Enner Valencia sacudiu as redes com cabeçada fácil. Sem marcação, ele nem precisou sair muito do chão: 1 a 0, aos 21.

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Em vantagem, o Equador ergueu a muralha da defesa. Mas mesmo assim, viu os favoritos voltarem a ameaçar Domínguez. Um chute de Inler antes do intervalo ainda tirou o “uh” da galera. O goleiro desviou com a ponta dos dedos.

Cabeçada lá, cabeçada cá. O começo do segundo tempo foi com o gol de empate da Suíça. Escanteio e no primeiro lance de Mehmedi, substituto de Stocker, ganhou pelo alto do zagueiro e correu para o abraço.

O jogo, então, virou um jogaço. Ataque de um lado e frisson vermelho, contragolpe do outro e a parte amarela é quem fazia barulho. Uma mistura de cores nas arquibancadas alegres e contagiantes a seus craques. O medo inicial virou coragem e ousadia de suíços e equatorianos.

Valencia gingou e por pouco não colocou o Equador na frente. A torcida se levantou para soltar o grito, mas a bola parou no suporte da rede. Montero, nos pés de Benaglio. Do Outro lado, Shaqiri teve grande oportunidade numa roubada de bola, porém, acertou a rede do lado de fora, e Mehmedi ainda teve um gol anulado. O placar permanecia igual até o giro final do relógio quando Behrami salvou a seleção atrás num carrinho, arrancou, não caiu na falta sofrida e sua demonstração de garra terminou com gol da vitória de Seferovic.

A prova de que a rivalidade ficou só no campo foi a "ola" dando as caras com as duas torcidas se confraternizando. E o brasileiro, claro, revelando seu amor ao País. Foi uma festa linda do futebol.

FICHA TÉCNICA:

Gols: Enner Valencia, aos 21 minutos do primeiro tempo; Mehmedi, aos 2, e Seferovic, aos 47 do segundo.

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Suíça (4-4-2) - Benaglio; Lichtsteiner, Djourou, Von Bergen e Rodriguez; Behrami, Inler, Shaqiri e Xhaka; Stocker (Mehmedi) e Drmic (Seferovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld

Equador (4-4-2) - Domínguez; Paredes, Guagua, Erazo e Walter Ayoví; Noboa, Gruezo, Antonio Valencia e Montero (Rojas); Enner Valencia e Caicedo (Arroyo). Técnico: Reinaldo Rueda

Juiz: Ravshan Irmatov (UZB).

Cartões amarelos: Paredes, Djorou.

Público: 68.351 

Local: Mané Garrincha, em Brasília

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