PUBLICIDADE

Decepcionado, Rivaldo lamenta jogar 'pelada' no Campeonato Paulista

Jogador se entristece com críticas da torcida do Mogi Mirim e pede 'sangue no olho' a elenco

Por AE
Atualização:

MOGI MIRIM - Com o Mogi Mirim há quatro jogos sem ganhar, parte da torcida virou contra o presidente do clube, Rivaldo, que, aos 41 anos, também exerce função de jogador. Sábado, quando a equipe perdeu de 1 a 0 do Ituano em pleno Romildão - o nome do estádio é uma homenagem do pentacampeão ao seu pai -, Rivaldo foi acusado até de estar roubando o clube. Ele respondeu em tom crítico e virou as armas contra a prefeitura local."Eu que sou de fora tenho que fazer o Mogi Mirim grande? Quem é da cidade que tem que fazer, a própria prefeitura. Escutar que Rivaldo está roubando, acho que é uma brincadeira. É muito triste fazer sacrifício com 41 para 42 anos para meia dúzia te xingar. Para mim é uma decepção", disse Rivaldo, que completou: "Fui o melhor do mundo, joguei nos melhores campos do mundo, fui campeão do mundo. É como se fosse uma pelada com 600 pessoas em campo", reclamou.Entre as críticas, a baixa presença de público na campanha da equipe no Paulista. "É duro ouvir alguém na arquibancada dizer que estou roubando. Como posso roubar um clube cuja média de público é menor que mil pagantes. No ano passado, com a boa campanha que fizemos, conseguimos bom público contra o Botafogo, nas quartas de final, e na semifinal contra o Santos, quando a maioria veio ver o Neymar."Com 12 pontos, o Mogi Mirim não está na zona de rebaixamento (são quatro pontos a mais que o Comercial) e aparece no quarto lugar do Grupo D, a quatro pontos do Bragantino, o segundo colocado. Para conseguir avançar às quartas de final, Rivaldo cobra que seus jogadores se dediquem mais."Dei a vida aqui no Mogi Mirim. Os jogadores daqui têm de entrar com sangue no olho. Não pode jogar em casa e perder jogo. Temos que mudar essa situação, para a própria família dos jogadores. Quando vim pra cá não tinha o que comer, agora minha mãe vive bem. Quero que os jogadores me vejam como exemplo. Lutei aqui no Mogi para chegar a um time grande e depois fui pra fora. Tem que colocar sangue no olho", argumentou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.