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DECISÃO SOBRE USO DO ITAQUERÃO NOS JOGOS AINDA DEMORA

Organizadores ainda não sabem o preço das estruturas provisórias

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Foto do author Almir Leite
Foto do author Raphael Ramos
Foto do author Marcio Dolzan
Por Almir Leite , Raphael Ramos e Marcio Dolzan
Atualização:

O impasse sobre o uso do Itaquerão nos Jogos Olímpicos de 2016 está longe de ser resolvido. Enquanto a situação do estádio não é definida, a venda de ingressos para os dez jogos previstos para a arena continua suspensa.

Na próxima terça-feira, na sede da Federação Paulista de Futebol, vai ocorrer a quarta reunião operacional sobre a participação de São Paulo na Olimpíada. No encontro, o Comitê Rio-2016 deve apresentar o orçamento definitivo para montagem das estruturas provisórias necessárias para que o Itaquerão possa receber partidas do torneio de futebol da Olimpíada a representantes da CBF, Comitê Olímpico do Brasil (COB), Prefeitura e Ministério do Esporte. Somente depois de revelado o valor das obras é que serão procurados parceiros para bancar a reforma do estádio.

Barras antiesmagamento foramcolocadasno setor Norte, onde torcedores assistem ao jogo em pé Foto: Paulo Favero/ Estadão

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É certo que Corinthians e Prefeitura não serão responsáveis pelos pagamentos. “Cedemos o nosso estádio, mas antes quero saber quem vai assinar o cheque”, disse o presidente Roberto de Andrade.

O secretário municipal de Esportes, Celso Jatene, tem discurso semelhante. “Na Copa do Mundo, as estruturas provisórias custaram cerca de R$ 90 milhões. Já temos a informação de que para a Olimpíada esse valor é bem menor, mas não vamos mexer no orçamento da Prefeitura para arcar com esses gastos”, justificou.

As estruturas consideradas mais caras são as usadas para transmissão de televisão e TI (tecnologia de informação).

A Prefeitura está disposta a oferecer apenas a infraestrutura necessária para serviços de transporte, trânsito e segurança. “Sempre que a cidade recebe grandes eventos já arcamos com essas despesas extras, então isso não seria um impeditivo para os Jogos Olímpicos”, explicou Jatene.

Se o Comitê Rio-2016, governo do Estado e Ministério do Esporte também não se colocarem à disposição para bancar as estruturas provisórias, a Prefeitura vai em busca de patrocinadores. Na Copa do Mundo, por exemplo, a Ambev pagou as arquibancadas temporárias.

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Essa opção, no entanto, não agrada ao Comitê Rio-2016. “Nos parece inviável que uma empresa banque as estruturas temporárias por conta do programa de patrocínio dos Jogos Olímpicos”, justificou o órgão ao Estado. Diferentemente da Copa do Mundo, na Olimpíada não é possível exibir nenhuma marca dentro das arenas, nem mesmo a dos patrocinadores oficiais da competição.

Apesar de, oficialmente, o Comitê Rio-2016 garantir que “não existe preocupação a respeito da sede de São Paulo”, o Estado apurou que os organizadores já trabalham com um plano B caso o impasse sobre as estruturas provisórias do Itaquerão se prolongue. O temor é que o atraso atrapalhe a venda de ingressos.

Cidades que têm arenas construídas para a Copa do Mundo e estão ociosas ofereceram seus estádios ao Comitê Rio-2016 e estão dispostas a pagar os custos das estruturas provisórias. Outra opção é distribuir os dez jogos que estão previstos para São Paulo nas seis sedes já definidas: Maracanã, Engenhão, Fonte Nova, Arena da Amazônia e Mineirão.

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