Defesa de Leoz pede arquivamento do pedido de extradição

Advogado alega que Paraguai não possui lei para processar pedidos recebidos do exterior

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Por Redação
Atualização:

A defesa do paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, acusado por vários delitos pela Justiça dos Estados Unidos, pediu nesta segunda-feira o arquivamento do seu pedido de extradição.

Ricardo Preda, advogado do ex-dirigente esportivo, afirmou que no Paraguai não existe uma lei para processar os pedidos recebidos do exterior. "Ainda não começamos a analisar o mérito do pedido da procuradoria norte-americana", disse Preda à agência de notícias Associated Press. De acordo com o advogado, "existe um vazio legal, uma lacuna jurídica que não permite julgar um mandado".

Leoz está em prisão domiciliar desde 1º de junho, após seracusado pelas autoridades norte-americanas de subornos, crime organizado e outros delitos Foto: Norberto Duarte/AFP

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Porém, apesar dessa avaliação de Preda, 14 pessoas foram extraditadas do Paraguai para os Estados Unidos desde 1996. "Foram enviadas simplesmente por uma resolução de um tribunal e não por uma regra específica de extradição", defendeu o advogado.

O juiz Humberto Otazú, encarregado de responder ao pedido de extradição solicitado pelos Estados Unidos, disse em entrevista coletiva que responderá a defesa "dentro de três dias". "Estamos diante de uma situação muito complexa", expressou.

A menos que decida aceitar a extradição, o sistema judicial do Paraguai dá a Leoz a possibilidade de apelar em várias instâncias, até o Superior Tribunal do país.

Leoz, de 86 anos e presidente da Conmebol entre 1986 e 2013, foi acusado pelas autoridades norte-americanas de subornos, crime organizado e outros delitos relacionados com a venda de direitos de torneios de futebol. Ele está detido sob prisão domiciliar desde 1º de junho.

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