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Dérbi marca contrastes em Campinas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Guarani e Ponte Preta vão escrever mais uma página na história dos dérbis, neste domingo, a partir das 18 horas, no estádio Brinco de Ouro. Os rivais se enfrentam pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro em condições bem diferentes. O Guarani, no desespero, tenta deixar a lanterna para depois fugir do rebaixamento para a Série B. A Ponte, em situação cômoda, soma 53 pontos e está na nona posição, livre do descenso e ainda alimentando o sonho de disputar, pela primeira vez, um torneio internacional em 2005. Curiosamente os rivais vêm de resultados diversos. O Guarani venceu o Cruzeiro, por 2 a 0, na estréia do técnico Jair Picerni o seu quinto comandante na competição. A vitória deu novo ânimo aos jogadores e renovou a esperança nos torcedores, apesar da matemática apontá-lo como grande cotado para ser rebaixado. São 90% de chances do time cair para a Série B. A Ponte, embora livre do descenso, está em declínio ao sofrer três derrotas consecutivas para Cruzeiro (5 a 0), São Paulo (1 a 0) e Santos (4 a 0). Os times de Campinas só se igualam num quesito: têm os piores ataques com apenas 31 gols. Precisando da vitória, o Guarani promete tomar as iniciativas ofensivas. E a Ponte Preta, com certeza, optará pelo contra-ataque. Ambos devem adotar o esquema 4-4-2, apesar do mistério feito pelos dois técnicos durante a semana. O Guarani ficou três dias concentrado na estância hidromineral de Serra Negra (SP), reforçado o espírito de união do elenco. O técnico Jair Picerni deve formar um meio campo agressivo, com apenas o volante Marcos Paulo e os meias Harison, Simão e Valdeir. Além do setor ficar ofensivo, Simão ganharia a vaga de Aílton, que rendeu pouco nos últimos jogos. A defesa e o ataque serã o mantidos. A alternativa, em caso de necessidade, é a entrada do atacante Evandro Roncatto como terceiro atacante. "A base do time é esta mesmo, mas o que vale mesmo é atenção nos detalhes. Um escanteio, uma cobrança de falta ou um descuido podem ser fatais. Vamos lutar pela vitória", promete Picerni, sabendo que o time precisa de mais seis vitórias em 10 rodadas. Na Ponte Preta, as derrotas forçaram mudanças. O técnico Nenê Santana não abriu mão do esquema 4-4-2, com Gustavo e Luís Carlos na defesa. O experiente Alexandre, vetado pelo departamento médico, está fora. Outro desfalque é o lateral-esquerdo Bill, também machucado, e que deverá ser substituído por Luciano Baiano. No meio campo, volta a formação antiga de várias rodadas, com dois volantes - Marcus Vinícius e Romeu - e dois meias - Lindomar e Flávio. Para puxar os contra-ataques, é quase certa a volta do rápido Júlio César ao lado de Alecsandro, que passou a ser esperança de gols após a saída do artilheiro Weldon, com nove gols, que foi para o futebol árabe. "Gosto mesmo do 4-4-2, mas ainda tenho algumas dúvidas. Precisamos acertar a marcação e acertar o contra-ataque", diz Santana, passando a receita para seus jogadores. Antes do 179º choque dos rivais em 92 anos de história, o Guarani leva vantagem no retrospecto com 63 vitórias, 57 derrotas e 57 empates. Existe ainda um resultado desconhecido. No primeiro turno, porém, a Ponte levou a melhor ao vencer por 3 a 1, no Majestoso. Há ainda contra o Bugre um pequeno tabu de não vencer o rival em casa durante três anos, com um empate e duas vitórias da Macaca.

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