A permanência de Muricy Ramalho no cargo de técnico do São Paulo está por um fio e sua saída pode ser selada nesta segunda-feira em uma reunião da diretoria. O treinador está fragilizado pela série de maus resultados, agravada neste domingo com a derrota para o Botafogo, em Ribeirão Preto, e principalmente por problemas de saúde.
No entender do clube, esta semana pode ser a ocasião certa para trocar de comando, principalmente por anteceder as quartas de final do Campeonato Paulista e também o jogo decisivo contra o Danubio, pela Libertadores, no Uruguai.
Muricy tem contrato até o fim do ano, não tem multa rescisória e no último mês revelou que no começo de 2016 tem o desejo de parar por alguns meses para descansar. O São Paulo já estudou até mesmo oferecer ao técnico algum cargo nas categorias de base do clube.
A entrevista coletiva de Muricy depois da derrota de ontem por 2 a 0 deixou claro o quanto tem sido difícil para ele resistir no comando do time. "Estou arrebentado com a minha saúde, não estou aguentando mais. Temos a obrigação de jogar um pouco mais", comentou.
Em janeiro o técnico teve de ser internado para se recuperar de uma diverticulite, problema que tem feito Muricy se cuidar mais e se alimentar melhor. O técnico ainda precisa ser submetido a uma cirurgia para a retirada de uma pedra na vesícula.
O elenco voltou de ônibus de Ribeirão Preto e o clube negou ter realizado no interior qualquer reunião para discutir a permanência do técnico ou ainda que Muricy tenha pedido para sair. O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, viajaram junto com os jogadores.
Há 15 dias Muricy chegou a colocar o cargo à disposição – depois da derrota para o Palmeiras por 2 a 0, pelo Campeonato Paulista. O treinador voltou atrás ao ser convencido a ficar pela diretoria e também pelo goleiro Rogério Ceni.