A seleção brasileira vive uma situação curiosa: seu centroavante, novo dono da camisa 9 desde a volta de Dunga, nunca fez um gol pela equipe. Com oito convocações e sete jogos disputados pelo Brasil, Diego Tardelli já amarga um jejum de 257 minutos sem balançar as redes pela seleção brasileira.
O atacante do Atlético-MG, de 29 anos, planeja acabar com essa seca no sábado, no Superclássico das Américas, justamente contra o maior rival da seleção. “É um sonho disputar esse jogo. Estou bem preparado e focado e, quem sabe, meu primeiro gol pela seleção possa sair contra a Argentina”, disse Tardelli, ontem, em Pequim.
Como não defendeu o Atlético-MG, sábado, contra o Criciúma, no Sul, por estar suspenso, ele fez parte do primeiro grupo de atletas a desembarcar na China junto com os integrantes da comissão técnica. Os outros jogadores foram Jefferson, Robinho, Elias e Gil.
Para Diego Tardelli, o prazer de servir à seleção brasileira acaba “neutralizando” o cansaço de mais de 27 horas de viagem até a China. “A viagem é muito longa e cansativa, mas ao mesmo tempo tem o prazer de estar com a seleção. Ainda mais sabendo que vamos jogar contra a Argentina”, disse. Ele só não será titular se Dunga apostar no esquema com um centroavante centralizado – Tardelli tem atuado pelos lados do campo.
O atacante não esconde a ansiedade com a partida de sábado e já se vê balançando a rede no Ninho do Pássaro. "Sempre passa um filme pela minha cabeça de eu fazendo um gol contra a Argentina. Sou um cara que tem muita estrela. Sem sombra de dúvidas, se tivesse de escolher um adversário para esse primeiro gol, seria a Argentina.”
As lembranças que Tardelli tem da seleção argentina, no entanto, não são as melhores. No Mundial Sub-20 de 2005, na Holanda, o Brasil perdeu por 2 a 1 na semifinal e foi eliminado. “O Messi fez um gol e nos tirou da decisão pelo título”, recorda.
Sábado, ele espera por um final diferente. “É um grande clássico, tem tudo para ser um grande duelo e tomara que a gente consiga manter a sequência de vitórias sobre a Argentina no Superclássico (o Brasil venceu em 2011 e 2012).”