Com a eleição de Andrés Sanchez para a presidência do Corinthians, o cenário político do clube muda. Se com Alberto Dualib o conselho era praticamente unânime e pouco discordava das suas atitudes, a situação muda a partir de agora. A vitória apertada por apenas 17 votos sobre Paulo Garcia (175 a 158) deixa claro que o Conselho Deliberativo está novamente dividido. Veja também: Andrés Sanchez é o novo presidente do Corinthians Você aprova a eleição de Andrés Sanchez como o novo presidente do Corinthians? A principal medida no trabalho de Sanchez neste pouco mais de um ano que terá no comando do clube onde esta divisão política pode influenciar é no destino do dinheiro e numa possível reeleição ao final do período, já que ambos dependem de aprovação em assembléia. Historicamente, para conseguir o resultado que deseja - a aprovação de medidas a favor de sua administração - tudo dependerá do resultado do time de futebol em campo. Ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o novo presidente não terá vida fácil. O grupo de Paulo Garcia já deixou claro que vai fiscalizar e cobrar rapidamente as promessas das eleições (vide as declarações de Antônio Roque Citadini: "Vai ter de implementar os planos que tem e se for bom vai conseguir. Eu espero que sejam boas as idéias."). Mas ainda não é possível chamá-los de oposição, já que discursam em prol da união pelo Corinthians e estão abalados pela derrota nas urnas. Por outro lado, os 14 votos conseguidos por Osmar Stábile podem servir como peso na balança nessa disputa. A nomeação de cargos que Sanchez fará nesta quarta-feira podem refletir no lado em que o grupo atuará. Muitos dos que votariam em Stábile já votaram ou em Garcia ou em Sanchez. O difícil é enxergar qual será o lado definitivo deles, já que há 14 anos o clube não tinha essa disparidade.