Publicidade

Dirigente do São Paulo ironiza marketing com Ronaldo

PUBLICIDADE

Por Bruno Lousada
Atualização:

Ao mesmo tempo em que deixou a rivalidade de lado e elogiou a contratação do atacante Ronaldo pelo Corinthians, o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, deu nesta quarta-feira uma cutucada na diretoria do clube do Parque São Jorge. "O Corinthians copiou o São Paulo, que trouxe o Adriano no ano passado. Eles vieram nessa esteira. O São Paulo é o pioneiro", provocou Cunha, durante o último dia de realização do Footecon 2008, fórum de futebol organizado pelo técnico Carlos Alberto Parreira, no Rio de Janeiro. O dirigente são-paulino usou até uma metáfora para falar sobre a chegada do Fenômeno ao Parque São Jorge. "Essa contratação é como comprar um barco. Se usá-lo, será ótimo. Caso contrário, será um desastre", disse, ressaltando em seguida que será frustrante "para todos" se o craque não voltar a entrar em campo. Ronaldo ainda se recupera de contusão no joelho esquerdo e sua última partida oficial foi em fevereiro deste ano. Para Cunha, o acordo do Ronaldo com o Corinthians foi uma bela ação de marketing, mas ele espera que também surta efeito em campo. "É arriscado contratá-lo, mas, se você não tiver ousadia no futebol, não vai a lugar nenhum. Foi arriscado também o São Paulo contratar o Carlos Alberto e o Adriano e eu não me arrependi nos dois casos". Em sua visão, a chegada de um jogador do porte do Fenômeno também servirá para elevar a auto-estima do Corinthians, que retorna em 2009 à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. "Mesmo se estiver longe do seu melhor nível, ele já vai abrilhantar o Campeonato Paulista. Quero muito vê-lo fazendo gols. Ele é um patrimônio do Brasil, um jogador que nós todos queremos bem. Torço pelo Ronaldo, mas certamente vou torcer mais para que meus zagueiros parem ele", brincou. Na contramão dos dirigentes do Flamengo, Cunha não considera que o Ronaldo traiu o clube carioca, por ter utilizado a Gávea por três meses para recuperar a forma física. "Acho que pode ter sido até uma indelicadeza, mas uma indelicadeza que talvez o Flamengo não tenha conseguido cumprir economicamente com aquilo que talvez o Corinthians, como projeto, tenha feito", opinou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.