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Dirigente vascaíno vai à CPI na terça

O vice de finanças do Vasco, Mário Cupello, confirmou que vem a Brasília na terça-feira prestar depoimento aos senadores.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pressionado pela delegação composta por um advogado e um delegado da Polícia Federal enviados ao Rio pela CPI do Futebol no Senado, o vice de finanças do Vasco, Mário Cupello, confirmou que vem a Brasília na terça-feira prestar depoimento aos senadores. Na semana passada, Cupello chegou a ser convocado, mas não compareceu, alegando que não havia recebido a intimação. "Não é verdade. Todos os nossos convocados são avisados com antecedência", rebateu o presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PTD-PR). O dirigente terá que explicar a contabilidade do Vasco e as suspeitas de que o presidente do clube, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), desvia recursos do caixa vascaíno para benefício próprio. Álvaro Dias não espera que o vice de finanças confirme as denúncias. "Ele tentará rebater todas as acusações, mas a CPI já tem as provas das irregularidades praticadas por Eurico no Vasco". Contra o presidente vascaíno, pesam as acusações de enriquecimento ilícito, apropriação indébita de recursos do clube, falta de decoro parlamentar, crime eleitoral, evasão de divisas e sonegação fiscal. O funcionário Aremithas José de Lima, acusado de ser "laranja" de Eurico no clube, e que jamais depôs aos senadores alegando motivos de saúde, também demonstrou interesse em comparecer à CPI do Futebol. "Nós vamos verificar se ele poderá vir a Brasília ou se teremos que ouvi-lo no Rio, em virtude de sua saída precária", prosseguiu Álvaro. O relator da CPI, senador Geraldo Althoff (PFL-SC) considerou importante o depoimento de Aremithas. "Se for preciso, iremos ao Rio como uma equipe médica". A presença de Cupello e Aremithas tornou-se premente após a recusa de Eurico em depor aos senadores. O presidente do Vasco chegou a concordar em ser ouvido em seu gabinete, mas, por questão de espaço físico, os senadores não aceitaram. "Na verdade, esses depoimentos servem como uma oportunidade de defesa aos dirigentes. A presença no plenário da CPI interessa mais a eles do que a nós".

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