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Discreto, Renan tem a confiança de Leão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Atacante é elogiado pelos gols, zagueiros lembrado pelas faltas violentas ou erros e goleiro por belas defesas ou falhas bisonhas. E o volante? Na maioria das partidas passa despercebido. Se muitos não ressaltam as boas jogadas de Renan, de 19 anos, ele vem arrancando elogios do técnico do São Paulo, Emerson Leão. "A garotada está bem", enfatiza o treinador, lembrando de Alê. "Entraram e deram conta do recado." Renan conquistou a confiança de Leão pela personalidade. Apesar de jovem, não aceita intimidação. Ao contrário, encara qualquer rival, seja renomado ou desconhecido, da mesma forma. Conselhos do primo Júnior, 23 anos, seu maior incentivador e a quem considera o irmão mais velho, tal a amizade. Nas peladas disputadas nas ruas de Caieiras, onde vive até hoje, Renan não dava moleza mesmo para moleques maiores. "O Júnior era fortão, me defendia", revela. "E sempre falou para eu jogar sem medo." Apesar do jeito tranqüilo de falar, com voz baixa, Renan não abria mão de boa briga na infância. Principalmente quando o provocavam em sua brincadeira predileta: empinar pipa. "Era um tal de roubar linha da gente, arrumei muita briga", diz. "E se fosse preciso pedradas..." O comportamento não fugia à regra de qualquer moleque. Se era feio, o ajudou a tornar-se um exemplo de atleta. "Agora sou tranqüilão, sei o que tenho de fazer em campo." Companheiro de quarto de César Sampaio, aproveita a concentração para ouvir histórias, lições de vida. E para confirmar a mudança de comportamento. Não é evangélico, mas canta canções gospel com o parceiro, tocador de teclado. A revelação do São Paulo começou no Juventus. Com 14 anos, estudava pela manhã, treinava à tarde e jogava futebol de salão à noite. Sonha em ir para a Europa e em marcar gol no profissional.

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