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Dois serão indiciados por mortes no Estádio da Fonte Nova

O ex-jogador Bobô e Nilo dos Santos Júnior serão indiciados por homicídio culposo e lesão corporal

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Por Tiago Décimo
Atualização:

Cem dias depois da tragédia da Fonte Nova, na qual sete pessoas morreram depois que um trecho do anel superior da arquibancada do Estádio Otávio Mangabeira ruiu, em Salvador (BA), em 25 de novembro, o Ministério Público da Bahia denunciará à Justiça, na tarde desta quarta-feira, contra o diretor-geral da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares da Silva, o ex-jogador Bobô, e o engenheiro civil Nilo dos Santos Júnior, ex-diretor de Operações da Sudesb, exonerado no fim de janeiro. Eles são acusados por homicídio culposo e lesão corporal de natureza culposa. Segundo o promotor Nivaldo Aquino, à frente do caso, eles são qualificados como co-autores da tragédia. "Eles não observaram os deveres alusivos à política de manutenção do equipamento desportivo", afirma. Sobre a não inclusão, na denúncia, dos demais citados no inquérito criminal conduzido pela Polícia Civil - o diretor-técnico de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio; o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigo Gomes, e o presidente do Esporte Clube Bahia, Petrônio Barradas -, Aquino alega que a decisão foi tomada depois de uma série de entrevistas e análises de documentos. "Concluímos que os demais não tiveram responsabilidade pelo evento danoso, pelo menos na esfera criminal." Após a denúncia contra Bobô e Santos Júnior, o MP devolve a ação ao Tribunal de Justiça, que deve distribuir o processo a uma das varas crime de Salvador nos próximos dias. Os acusados não foram encontrados para comentar a denúncia.

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