Publicidade

Dorival Junior garante que Santos brigará por títulos

Novo técnico da equipe quer brigar na parte de cima da tabela, mas pede paciência no seu início de trabalho

PUBLICIDADE

Por Alex Sabino - Jornal da Tarde
Atualização:

É muito difícil ver Dorival Júnior alterar o tom de voz. Aos 47 anos, o ex-volante do Palmeiras foi a maior contratação do Santos para 2010. Em ascensão no futebol brasileiro, o técnico não se irrita, não tergiversa sobre nada. Sim é sim. Não é não. É com essa calma quase oriental que o profissional campeão brasileiro da Série B do ano passado pelo Vasco tenta conscientizar o torcedor santista. Se o começo da temporada reserva dificuldades, Dorival garante que o Santos não vai brigar na parte debaixo da tabela como aconteceu no Campeonato Brasileiro do ano passado. Pelo contrário, estará no pelotão de frente, na luta por títulos.

 

PUBLICIDADE

O Santos está num processo de mudança. Isso gera uma expectativa grande. Mas seu pedido é de paciência. É isso?

É isso, sim. É um momento de transição no clube. Outros times se reforçaram e mantiveram a estrutura da equipe e do treinador. Não estou preparando desculpa para nada. É a realidade. Estou aqui para ganhar com o Santos e não vou fugir disso. Mas quero mostrar que estamos saindo um pouco atrás. Isso é inegável e tem um peso grande.

 

Montar um time competitivo leva tempo...

Muito tempo. Futebol não se queima etapas.

 

O torcedor entende isso?

Não entende, por mais experiência que tenha. Porque se vê apenas o resultado.

Publicidade

 

O anúncio do retorno do Giovanni, um dos grandes ídolos, inflou essa expectativa?

Isso pode ter acontecido. Mas é bom. Não vejo como ponto negativo, algo ruim. Torcedor vive disso, da paixão ligada ao sonho de se ver dentro de campo e sendo representado por um ídolo. Giovanni encarna isso. Ele representa muito para o santista e isso é gostoso de se ver. Jamais poderia ser contra um momento desse. Participar da possibilidade de um grande jogador retornar ao clube. Eu tinha de tentar colaborar para ajudar que o torcedor resgate o ídolo. Que a equipe propicie a ele encontrar o próprio caminho. Que o Giovanni seja visto como complemento para o time, não solução.

 

O Santos foi muito mal no Brasileiro de 2009, como já ocorrera em 2008. Isso torna esse trabalho o mais difícil da sua carreira?

Cada trabalho que fiz teve a sua responsabilidade e sempre coloquei aquela equipe como meu maior objetivo. Nunca vou deixar de valorizar cada uma delas porque sempre havia peculiaridades. O que vejo é o Santos como um novo momento. A diferença é que sempre tive um tempo maior para trabalhar e isso ajudou. Pude ajudar o amadurecimento de diferentes times.

 

 

Como você vê os dois jogadores jovens que despertam muita atenção: Neymar e Paulo Henrique?

Não se pode jogar responsabilidade excessiva sobre eles. É o momento do amadurecimento completo dos dois. Acho que esta temporada pode ser a de confirmação. A necessidade é que eles cresçam ainda mais.

Você pode garantir que o Santos vai brigar pelos títulos do Paulista e da Copa do Brasil?

Publicidade

Vai brigar, sim. Mesmo sabendo de todos os problemas que estamos enfrentando, ainda assim, vamos brigar pelos títulos. Quero um time vibrante e combativo e o Santos será assim. Nós vamos trabalhar para encontrar o equilíbrio e lutar em todas as competições.

 

Pelo jeito, o Santos vai mandar jogos no Pacaembu. Você concorda com a mudança para a capital?

Não. Algumas vezes pode acontecer, mas quero permanecer na Vila Belmiro. É uma opinião minha. Você conhece o gramado, trabalha aqui dentro, então seria bom jogar no nosso estádio. O Pacaembu seria a segunda opção.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.