Droga, o rival a ser vencido no futebol

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Por Agencia Estado
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As drogas já colocaram um ponto final em muitas carreiras no futebol. A última vítima do mal no meio esportivo é o atacante romeno Adrian Mutu, que ganhou as manchetes dos jornais ingleses por ter sido flagrado no exame antidoping . Nomes mais famosos, porém, já enfrentaram o mesmo drama, e o caso mais notório é o do argentino Diego Maradona, que vem travando combates contra o vício há mais de 10 anos. Mas neste duelo a cocaína vem saindo como a grande vencedora. Se o maior ídolo do futebol argentino continua entrando e saindo de clínicas de reabilitação, sem que aparentemente chegue a algum resultado benéfico, o atacante romeno do Chelsea espera se livrar do problema o quanto antes: depois de ignorar e até não admitir o resultado do teste positivo de doping, ele voltou atrás, admitiu ter usado a droga e agora quer entrar correndo numa clínica de recuperação, para escapar de uma punição mais pesada da Associação de Futebol. Quando a lei era menos rigorosa para o antidoping e os testes não tinham a mesma precisão, os atletas deitavam e rolavam. Este foi o caso de outro argentino, Caniggia. Só depois de ter sido flagrado pela segunda vez no futebol italiano, o atacante, carrasco do Brasil na Copa de 1990, teve de enfrentar um período dramático, que culminou com sua despedida prematura dos campos. Se Caniggia sumiu no ostracismo, Maradona, que no final do mês completará 44 anos, continua sua briga particular contra a cocaína. Apesar de especialistas da Suíça terem ser apresentado para curar o ídolo argentino, ele mais uma vez voltou para Cuba, onde é amigo particular do presidente Fidel Castro e aparentemente não tem sua vontade contrariada. Recaída - Provavelmente por isso, o campeão mundial com a seleção argentina em 1986 tenha constantes recaídas. Em uma dessas crises, Maradona por pouco não morreu, em abril último, em Buenos Aires. Mas a situação mais dramática aconteceu em Punta del Este, no Uruguai, em 2000. Maradona, aparentemente depois de uma overdose de cocaína, foi internado às pressas com hipertensão e arritmia cardíaca, sendo salvo por um milagre. Depois que os testes ficaram mais acurados, outras substâncias passaram a ser detectadas, como a maconha. Mas, por ser considerada, assim como a cocaína, droga "recreativa", que não aumenta o rendimento do atleta, ao contrário, as punições foram mais brandas, como nos casos dos franceses Barthez e Lamas. Muita gente, porém, deixou de fazer uso da droga, porque ela poderia ser detectada no exame e também para não ter sua imagem chamuscada.

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