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Dualib faz banquete nesta 4ª feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Se os jogadores dançaram em uma acanhada casa noturna da Vila Madalena, em São Paulo, comemorando o título brasileiro, o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, quer muito mais espaço para celebrar ?- e tirar proveito da conquista, diante de um público especial. Astuto, o dirigente de 85 anos usa como desculpa o banquete de ?aniversário? do clube, na noite desta quarta-feira, no salão nobre do Parque São Jorge. Pouco importa ao presidente, no poder desde 1993, que a fundação do Corinthians tenha ocorrido no dia 1° de setembro de 1910. Dualib foi adiando o banquete para o dia 7 de dezembro porque sabia das enormes chances de o Corinthians ser campeão brasileiro. Com a conquista, cresceu a sua chance para mais uma reeleição. São grandes também as chances de que o presidente, ??empurrado?? por seus conselheiros, anuncie no banquete o que até os garis do Parque São Jorge já sabem: ele é candidato a mais três anos no poder. Dualib não tem o menor medo de uma candidatura de oposição encabeçada pelo vice-presidente Andres Sanchez. Mesmo que ela seja bancada pelo milionário Kia Joorabchian, o chefão da MSI. O presidente tem cerca de 70% dos conselheiros do clube nas mãos. E sabe disso. Andres Sanchez já falou inúmeras vezes a amigos que deseja suceder Dualib. Só que o atual presidente soube capitalizar muito bem o sucesso do time formado pela parceria com a MSI. Foi ele quem a aprovou e está fazendo questão de propagar isso no Parque São Jorge. O ??candidato de Kia?? já percebeu que pode passar vexame se concorrer e se afastar do poder no clube. Dualib não perdoaria a candidatura do seu vice. Os conselheiros ligados a Dualib o aconselharam até a antecipar as eleições marcadas para fevereiro. Estão tentando convencê-lo, de todo jeito, a convocar as eleições ainda este mês. Acreditam que a conquista do Campeonato Brasileiro é o grande trunfo para que consiga mais três anos no cargo. Dualib já antecipou que não irá utilizar as estrelas da MSI como cabos eleitorais. Diz que não precisa disso. Kia, por outro lado, continua jurando que não terá participação alguma na luta política interna, mas seria cômodo para ele não ter o inimigo Dualib sentado na presidência.

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