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Dunga admite 'cobrança grande e forte' após fracassos da seleção

'Por tudo que aconteceu na Copa, agora tem mais pressão'

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Por Redação
Atualização:

Na véspera de completar um ano à frente da seleção brasileira, o técnico Dunga admitiu nesta sexta-feira que se sente muito mais pressionado agora do que na sua primeira passagem pela equipe, após os fracassos na Copa do Mundo e na Copa América.

Depois de uma sequência de 11 vitórias em amistosos, o Brasil foi mal na Copa América do Chile, em junho, caindo nas quartas de final, diante do Paraguai. A eliminação, junto com o vexame do 7 x 1 para a Alemanha na semifinal da Copa em casa, colocaram muita pressão sobre a comissão técnica.

Dunga comanda último treino antes do amistoso contra Costa Rica Foto: Eduardo Muñoz Álvarez/EFE

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“Essa segunda passagem seguramente tem muito mais pressão por tudo que aconteceu na Copa do Mundo; uma ansiedade também da nossa parte...A Alemanha não vai ser esquecida...A cobrança é grande e forte“, disse ele em entrevista coletiva nos Estados Unidos.

“A ferida do 7 x 1 é uma cicatriz que a gente sempre vai olhar para ela para o resto da vida e temos que olhar para não esquecer”, completou.

Na primeira passagem pela seleção, de 2006 a 2010, Dunga conseguiu um crédito perante a torcida logo no início do trabalho, ao vencer a Copa América da Venezuela, em 2007. Dois anos depois, o time foi campeão da Copa das Confederações.

Para o treinador, que iniciou a segunda passagem pela seleção em 5 de setembro de 2014 com uma vitória sobre a Colômbia, a principal missão de um técnico do Brasil “é vencer sempre“.

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"Mas não podemos resolver o passado... só temos uma opção que é ganhar; se não ganhar, vamos ter que costurar feridas. Ganhamos 11 partidas seguidas e perdemos uma partida. E parece que acabou o mundo. Isso é seleção brasileira”, declarou.

Ciente da cobrança, Dunga modificou bastante o grupo do Brasil para os primeiros amistosos após a Copa América. No sábado, o Brasil enfrenta a Costa Rica e na terça-feira encara os Estados Unidos, como preparação para as eliminatórias da Copa de 2018, na Rússia. “Eliminatórias é o ponto chave. Vai ser difícil e complicado, como sempre foi”, afirmou o treinador.

DÚVIDA SOBRE NEYMAR

A seleção brasileira treinou durante quase toda a semana sem o seu principal jogador, Neymar, que está suspenso dos dois primeiros jogos das eliminatórias devido a uma suspensão imposta pela Conmebol. Dunga fez observações no time e testou o ataque na maioria das vezes com Douglas Costa e Hulk.

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O treinador afirmou que “vai usar Neymar“ nas partidas contra Costa Rica e Estados Unidos, porém não revelou como. “Ele vai ser usado. Trouxemos ele para ter treinamento, competitividade e por ser de um alto nível ele quer jogar. A forma é que estamos equacionando ainda”, disse ele.

A ausência de Neymar no time titular em certos momentos dos treinos deu à seleção uma chance para tentar encontrar um modo de jogar sem o atacante do Barcelona. “A equipe aos poucos vai tendo a maturidade que vem com os jogos e todos têm que se sentir importantes no grupo e dar a sua compreensão...Foi importantíssima essa experiência”, afirmou.

O treinador praticamente confirmou que o novato Lucas Lima, meia do Santos, sairá jogando contra a Costa Rica. “Ele vai jogar como joga no Santos e vai ter liberdade que tem lá, mas com responsabilidade”, finalizou.

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