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Dunga tem o seu primeiro grande desafio na seleção brasileira

Contra a Argentina, técnico colocará à prova a renovação da equipe e enfrentará um adversário que vive melhor momento

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Por Raphael Ramos
Atualização:

Após duas apertadas vitórias por 1 a 0, mês passado, contra Equador e Colômbia, nos Estados Unidos, Dunga terá diante da Argentina, em Pequim, na China, no próximo sábado, o mais duro desafio em seu retorno à seleção brasileira – três dias depois, a equipe enfrenta o Japão, em Cingapura.

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Ao contrário das duas edições anteriores do Superclássico das Américas, disputadas em 2011e 2012, quando os treinadores eram obrigados a convocar somente atletas que defendiam clubes de Brasil e Argentina, agora não houve qualquer tipo de restrição. Assim, a Argentina desponta como favorita graças à presença dos craques Messi e Di María e aos últimos resultados.

Enquanto o Brasil ainda se reconstrói da goleada por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, os argentinos são os atuais vice-campeões do mundo (também foram derrotados pelos alemães na final, mas fizeram um jogo equilibrado e o gol do título saiu apenas na prorrogação).

No mês passado, já sob o comando do técnico Tata Martino, que substituiu Alejandro Sabella, a Argentina voltou a enfrentar a Alemanha em amistoso disputado em Dusseldorf e ganhou por 4 a 2 com extrema facilidade, mesmo sem Messi, então machucado.

Dunga fará nova convocação em novembro 

Dunga faz uma renovação gradual na seleção. Por isso, a lista de convocados para a turnê na Ásia mescla jovens como os laterais Dodô (Inter de Milão) e Mario Fernandes (CSKA Moscou) e o meia Philippe Coutinho (Liverpool) e remanescentes da última Copa, como David Luiz (PSG) e Luiz Gustavo (Wolfsburg). Na Argentina, a base da equipe do Superclássico é praticamente a mesma que disputou a Copa do Mundo.

Dunga precisou fazer quatro alterações na lista anunciada no dia 17 de setembro. Na última quinta-feira, o treinador anunciou o corte de Ramires, machucado, e chamou Souza, do São Paulo, para o lugar do volante do Chelsea. No mesmo dia, ele convocou o goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, porque Jefferson, do Botafogo, sofreu um luxação no dedo mínimo da mão esquerda.

O goleiro foi submetido a um exame, não foi constada nenhuma lesão no local e, por isso, continua no grupo. Mas como ainda sente dor e devido à longa viagem à Ásia, Marcelo Grohe foi chamado por precaução.

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Na sexta-feira, foi a vez de o zagueiro Marquinhos, do Chelsea, e o meia Ricardo Goulart, do Cruzeiro, serem cortados por lesão. Os escolhidos por Dunga para substituí-los foram Juan, da Inter de Milão, e Kaká, do São Paulo, respectivamente.

Tata Martino também teve problemas na Argentina. O zagueiro Mateo Musacchio (Villarreal) sofreu uma lesão na coxa direita e o volante Biglia (Lazio) quebrou o pé direito. O treinador, então, chamou Banega (Sevilla) e Facundo Roncaglia (Genoa). Depois do Superclássico, a Argentina enfrenta Hong Kong, no dia 14. Os integrantes da comissão técnica e os atletas de Corinthians, São Paulo, Santos, Grêmio, Atlético-MG e Botafogo chegam na madrugada de amanhã a Pequim. Everton Ribeiro só deve desembarcar na China na terça-feira, junto com os atletas que moram na Europa. Por causa do fuso horário (11 horas de diferença em relação a Brasília), é possível que esses atletas não participem do primeiro treino da seleção em solo chinês, agendado para terça-feira, às 16h (5h de Brasília).

Assim, Dunga terá antes do Superclássico apenas três treinos com todo o elenco à disposição. A última atividade antes da partida, sexta-feira, será no Estádio Ninho do Pássaro, local do jogo.

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