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Dunga vê compromisso de jogadores como motivo para tranquilidade

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Por PEDRO FONSECA
Atualização:

A volta do comprometimento e da alegria dos jogadores em servir a seleção brasileira são agora citados pelo técnico Dunga como algo que lhe deixa tranquilo à frente da equipe. Depois de ter encarado os pedidos de dispensa de Kaká e Ronaldinho para a Copa América, em julho, e de Zé Roberto ter dito antes do mesmo torneio que não jogaria mais pela seleção, o treinador acredita que finalmente conseguiu criar no grupo o sentimento que ele próprio tinha nos tempos de capitão, com entrega total pelo time. Os dois últimos jogos oficiais do Brasil no ano, contra Peru e Uruguai nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, no mês que vem, serão mais uma oportunidade para Dunga reunir o mesmo grupo das últimas partidas e firmar a postura dos atletas, em especial jogando diante da torcida. Um dia após voltar da Suíça, onde levantou a bandeira patriota para comemorar a escolha oficial do Brasil como sede da Copa de 2014, Dunga considera que hoje pode ficar tranquilo com "o comprometimento, a alegria com que os jogadores estão vindo para seleção, o ambiente que foi criado dentro do grupo, a forma como todo mundo está se empenhando nos treinos e nos jogos". A quase repetição da convocação passada -- apenas com uma troca na zaga reserva, Naldo no lugar do lesionado Alex Silva -- reflete a satisfação do treinador com o atual grupo. A defesa, por sinal, mereceu elogio especial de Dunga. Além da já consagrada dupla Juan e Lúcio, o técnico vê pelo menos outros 10 zagueiros em boas condições de jogar pela seleção. "Não temos só a dupla ideal, podemos encontrar tranquilamente de 10 a 15 zagueiros de altíssimo nível para a seleção brasileira. A zaga não preocupa mais. Antes, nós brasileiros tínhamos essa fama de reclamar, mesmo tendo grandes zagueiros, mas felizmente nos últimos anos o Brasil tem exportado não só zagueiros, mas goleiros também", disse ele em entrevista coletiva no Rio de Janeiro. Em segundo lugar nas eliminatórias, com quatro pontos em dois jogos, o Brasil vai enfrentar o Peru, em Lima, no dia 18 de novembro, e depois recebe em São Paulo, no Morumbi, o Uruguai, dia 21. Para o treinador, os dois próximos desafios serão mais complicados que os jogos anteriores -- 0 x 0 com a Colômbia e 5 x 0 com o Equador. Dunga vê a seleção uruguaia como a melhor do país nos últimos anos, enquanto o Peru contará com a experiência de jogadores que atuam na Europa, o que até pouco tempo era exclusividade de brasileiros e argentinos na América do Sul. "As dificuldades vão sempre aumentar com o passar do tempo. O Peru hoje tem muitos jogadores atuando na Europa, a tendência é aproveitar essa experiência pra enfrentar o Brasil", disse o treinador. "O Uruguai demonstrou sua força na Copa América, inclusive contra o Brasil. Esses países se preparam para um único jogo contra o Brasil, existe todo um clima para enfrentar a seleção brasileira."

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