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E agora, Aguirre? As opções do uruguaio para o São Paulo sem Everton

Treinador tem duas opções: recorrer ao que já testou na ausência do camisa 22 ou apostar em formação nova

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Por Renan Cacioli
Atualização:

A nova lesão sofrida por Everton, que o deixará afastado por até três semanas, obriga o técnico Diego Aguirre a buscar mais uma vez opções para armar o São Paulo sem o camisa 22. As testadas até aqui funcionaram parcialmente. Caberá ao treinador uruguaio decidir agora se vai recorrer ao que já colocou em prática ou se tentará uma nova formação.

De tudo que testou na ausência do meia-atacante, a opção mais utilizada foi a com o lateral Reinaldo jogando de ponta-esquerda. No início, o elemento surpresa até deu certo, mas tal improvisação parece estar manjada pelos adversários.

Aguirre (de vermelho, ao centro) precisa tirar um coelho da cartola para arrumar o time Foto: Rubens Chiri / São Paulo

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Confira abaixo como Aguirre se virou quando ficou sem Everton:

26/8 - São Paulo 1 x 0 Ceará No jogo em que sofreu a primeira lesão na coxa esquerda, Everton saiu no segundo tempo para a entrada do lateral-direito Régis. Com isso, Bruno Peres foi adiantado para a ponta direita no lugar de Rojas, que mudou de lado e virou ponta-esquerda. Funcionou. O gol, incusive, foi de Bruno Peres.

2/9 - São Paulo 1 x 1 Fluminense Sem Everton, suspenso e lesionado, Aguirre escalou Reinaldo de ponta-esquerda logo de cara. A expulsão de Diego Souza no primeiro tempo, porém, prejudicou a estratégia e a equipe suou para arrancar o empate.

5/9 - Atlético-MG 1 x 0 São Paulo Outra vez, Reinaldo foi o escolhido para substituir Everton. Sem Diego Souza, que estava suspenso, Aguirre optou por Tréllez. O trio ofensivo, portanto, tinha Rojas, Tréllez e Reinaldo. Depois, Carneiro entrou e Reinaldo recuou para a lateral. A equipe jogou bem, mas não conseguiu empatar.

8/9 - São Paulo 1 x 0 Bahia Sem Reinaldo, suspenso, a opção foi utilizar Everton Felipe na ponta direita (Rojas começou na esquerda). Depois, eles trocaram de lado. Porém, o novato não foi bem, e o time só conseguiu o gol da vitória quando Tréllez substituiu Everton Felipe.

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16/9 - Santos 0 x 0 São Paulo O jogo marcou a volta de Everton à formação titular. Mas ele sentiu dores e deixou o clássico ainda no primeiro tempo, sendo substituído por Liziero. Sobrou, de novo, para Reinaldo preencher o buraco na ponta.

22/9 - São Paulo 1 x 1 América-MG Além de Everton, Rojas (suspenso) também foi desfalque. Com isso, Aguirre deixou Diego Souza e Everton Felipe na frente, com o segundo atuando aberto pela direita. Na esquerda, Reinaldo e Liziero se revezavam nas subidas ao ataque.  

30/9 - Botafogo 2 x 2 São Paulo A escalação de Reinaldo como ponta se mostrou muito batida. Duas vezes atrás no placar, o São Paulo só empatou quando Carneiro entrou para fazer companhia a Diego Souza e Rojas. O uruguaio marcou, inclusive, o gol do empate.

6/10 - São Paulo 0 x 2 Palmeiras Aguirre voltou a testar a formação usada contra o Ceará: Bruno Peres de ponta-direita, e Rojas na esquerda. Everton entrou no segundo tempo, quando o time já perdia por 2 a 0. Foi nessa partida que ele sofreu a nova lesão muscular.

Liziero e Everton Felipe duelam no treino. Dupla é opção para Aguirre mudar a cara do São Paulo Foto: Rubens Chiri / São Paulo

E agora: mudar ou manter o que já foi feito?

Se não quiser insistir na utilização de Reinaldo na ponta, o uruguaio tem como alternativas:

- Dar mais chances a Everton Felipe: o reforço contratado do Sport jogou pouco até aqui (participou de cinco duelos desde que chegou, em agosto). Carece de ritmo e entrosamento, mas é do elenco quem tem características mais parecidas com as de Everton.

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- Apostar em um atacante mais pesado na ponta: no caso, ele teria de escalar Tréllez ou Carneiro ao lado de Diego Souza e Rojas no tridente ofensivo tricolor. Normalmente, a dupla sai do banco no decorrer das partidas. Seria uma aposta mais ousada.

- Mudar o esquema e preencher o meio-campo: neste caso, ele deixaria Diego Souza e Rojas na frente, e poderia colocar Liziero ou Shaylon para fazer companhia a Hudson, Jucilei e Nenê. O time passaria do 4-3-3 para um 4-4-2 (ou 4-5-1, se Diego Souza atuar mais isolado na frente, e Rojas compor uma linha de três armadores com Nenê e Liziero ou Shaylon).

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