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'É preciso segurança, credibilidade e espaço nas transmissões'

Avaliação é de Antônio Carlos Morim, coordenador da ESPM Rio

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Por Renan Fernandes
Atualização:

Em conversa com o Estado, o professor de Gestão de Marcas e coordenador do MBA de Gestão de Negócios e Inteligência Competitiva da ESPM Rio, Antônio Carlos Morim, elenca três pilares que ainda afastam os investidores do futebol brasileiro, principalmente em parcerias de longo prazo.CREDIBILIDADEO modelo gestor de muitos dos nossos clubes vive de fases boas, mas carece de uma visão profissional. Além disso, ainda estamos assimilando o modelo de naming rights com as novas arenas. Este é um cenário caótico para o investidor de uma marca, que trabalha com parâmetros perfeitos de investimento.O ambiente do futebol ainda permite certas nuances e, em certos momentos, falcatrua. Então, você pode estar colocando dinheiro em um clube e ver sua marca envolvida em um escândalo. Isso aconteceu com os parceiros da Fifa, que chegaram ao ponto de exigir a saída de Joseph Blatter do cargo de presidente da entidade. Além dos nomes dos anunciantes aparecerem ao lado de camburões de polícia, ainda podem surgir associações e teorias da conspiração. 'Será que ele (patrocinador) estava envolvido em tudo isso?'Por isso a maioria das marcas prefere fazer um contrato de curto prazo. Você não consegue enxergar no médio e no longo prazo do futebol brasileiro um planejamento estratégico estruturado em seu parceiro/clube. Às vezes você até tem dinheiro para fazer uma parceria de 20 anos, mas surge aquela dúvida: 'Será que eu devo investir?'INSEGURANÇAO próprio País faz o investidor se questionar. O Brasil não é um País estável na política e em suas taxas de impostos. É possível estar estruturado e ganhando dinheiro no Brasil, mas não é possível apostar 20 anos na frente.TRANSMISSÃOVocê escolhe um momento, um evento específico para expor sua marca porque ali está o seu consumidor. Mas com o naming rigths você ainda precisa negociar a parte com a mídia para ela falar seu nome. As transmissões da Rede Globo são um exemplo. Nas grandes competições estrangeiras ela fala o nome do patrocinador porque ela entra apenas como retransmissora do evento. Mas aqui no Brasil ela compra os direitos de transmissão e define seus parâmetros. Assim, ela está em seu direito jurídico de pleitear um investimento para fazer a exposição de uma determinada marca.

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