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Edmundo chega e Vasco fala em Romário

Nesta terça-feira, tanto o Animal quanto o presidente do clube Eurico Miranda mostraram-se favoráveis à volta do Baixinho a São Januário.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois do meia Marcelinho Carioca e do atacante Edmundo, o próximo objetivo do Vasco pode ser a repatriação do artilheiro Romário, do Al-Saad, do Catar. Nesta terça-feira, tanto o Animal quanto o presidente do clube Eurico Miranda mostraram-se favoráveis à volta do Baixinho a São Januário. Edmundo contou ter superado os problemas com Romário, apesar de a amizade não ser ?mais a mesma" e ainda revelou sua admiração. ?Por exemplo, hoje não tenho decorado o telefone dele e raramente nos falamos. Mas se acontecer uma nova parceria, desta vez, seria diferente", afirmou, lembrando dos problemas de relacionamento, quando atuaram pelo Vasco, em 2000. O presidente vascaíno alimentou a esperança da torcida quanto à formação do trio explosivo. Com ar de desdém, mandou os torcedores continuarem sonhando e frisou que o tempo se encarregará de revelar o futuro. Em sua quarta passagem pelo Vasco, o jogador afirmou estar mais calmo, paciente e amadurecido, sem ter perdido seu espírito guerreiro. A possibilidade de problemas de relacionamento com Marcelinho Carioca foi rechaçada por Edmundo. O atacante lembrou dos tempos em que atuaram juntos no Corinthians e, inclusive, já previu como será a convivência. ?Ele sabe que a relação dele com a torcida do Corinthians é a mesma que tenho com a do Vasco", argumentou Edmundo. ?Dentro de campo, ele meio que prepara e eu faço os gols." Edmundo, aos 32 anos, não escondeu os planos ambiciosos em seu retorno para o Vasco. Além da conquista de títulos, Edmundo sonha em superar seu recorde de gols no Campeonato Brasileiro e retornar à seleção. Em 1997, ele se tornou o maior goleador do Nacional, ao fazer 29 gols. Em 2003, disse acreditar ser mais fácil quebrar a marca, por causa do elevado número de jogos. O fato de já ter trabalho com o técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, no Santos, e com o coordenador-técnico Zagallo, na Copa da França, em 1998, faz Edmundo acreditar em sua volta ao time. Para tanto, reconheceu ser necessário marcar o maior número de gols possível. ?Fazendo os gols e quebrando recordes, a volta vai acontecer naturalmente. Aqui a seleção é para quem está bem." E com tantos planos, encerrar a carreira para Edmundo é algo impensável. O jogador contou que não irá ?roubar" no futebol. Ao sentir a falta de condições físicas para atuar, frisou sua intenção de parar. Enquanto não ?pendura as chuteiras", o jogador se preocupou em dar uma explicação à preferência pelo Vasco: amor ao clube e aos torcedores. Edmundo contou uma história para ilustrar seu sentimento. "Fui ver Vasco e Fluminense, pela Taça Guanabara deste ano e meu filho (Júnior, de 4 anos) me perguntou o porquê de a torcida estar gritando meu nome, mesmo sem estar no time. Daí senti o amor deles por mim", explicou sorridente. ?No dia da conquista do título do Carioca foi a mesma coisa. Ganharam e ainda assim gritaram meu nome." De acordo com Edmundo, a relação de amor com o Vasco também ?falou mais alto" na hora de equacionar a dívida de cerca de R$ 14 milhões que tem a receber. Os números da negociação não foram revelados, mas o atacante aceitou reduzir o crédito para cerca de R$ 4 milhões e recebeu a posse de seu passe, um dos motivos da briga judicial. Edmundo assinou contrato de dois anos e vai receber cerca de R$ 100 mil. Com tudo resolvido e depois das declarações de amor exacerbadas tanto de Edmundo, Eurico Miranda, quanto de torcedores, restou o anúncio da volta aos gramados com a camisa do Vasco: contra o Corinthians, pela quarta rodada do Brasileiro, dia 16, em São Januário.

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