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Edmundo espera julgamento de recurso

Em 2 de dezembro de 1995, Edmundo, ex-Vasco, Flamengo e Palmeiras, dirigia um jipe Cherokee em alta velocidade e bateu numa Fiat Uno. Três pessoas morreram.

Por Agencia Estado
Atualização:

O acidente de carro com o atacante Guilherme, do Corinthians, trouxe à memória uma outra tragédia envolvendo jogador de futebol. Em 2 de dezembro de 1995, Edmundo, ex-Vasco, Flamengo e Palmeiras, dirigia um jipe Cherokee em alta velocidade na Avenida Borges de Medeiros, na zona sul do Rio de Janeiro, e bateu numa Fiat Uno. Três pessoas morreram. Em outubro de 1999, ele foi considerado culpado pelo acidente e acabou condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime semi-aberto. Cumpriu apenas um dia de detenção, numa cela da Polinter, no Rio. Quase sete anos depois, Edmundo aguarda julgamento de recurso impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para saber se a pena sentenciada pela Justiça do Rio vai ou não ser confirmada. O processo está em poder do ministro do STJ, Vicente Leal, que tanto pode incluí-lo na pauta esta semana como daqui a vários meses. O prazo é flexível, até por conta da demora do processo. Antes de chegar ao juiz, precisou passar por outras etapas, como a do parecer do Ministério Público. Com relação à família das vítimas, Edmundo quitou quase todas as dívidas - exigidas pela Justiça Cível, após alguns pedidos de indenização. A quantia foi negociada diretamente com advogados das famílias envolvidas no acidente. Em um dos processos, Edmundo teve de arcar com o pagamento de R$ 300 mil. Em outro caso, o valor foi um pouco maior. Numa das indenizações, houve acordo entre as partes e falta a Edmundo pagar o restante - em torno de 20% - do que foi acertado. Mas isso estaria sendo feito dentro do prazo previsto pela Justiça. O jogador também teve de pagar despesas médicas dos feridos no acidente, além de outras indenizações. Como a de Déborah Ferreira da Silva, que fraturou a bacia e a quinta vértebra da coluna. Ela recebeu R$ 160 mil. Roberta Campos, outra ferida no acidente, recebeu três cotas de R$ 40 mil do atacante. Morreram na tragédia os estudantes Carlos Frederico Pontes, Alessandra Cristina Perrota e Joana Martins Couto. Na noite do acidente, Edmundo seguia para a boate Sweet Home, no bairro da Lagoa, onde encontrou-se com amigos. De lá, resolveu dirigir-se para o bar El Turfe, na Gávea. Mas não chegou ao local. Na esquina da Borges de Medeiros com a Rua Batista da Costa, o Cherokee se chocou com o Fiat. O carro de Edmundo capotou várias vezes e ficou com as rodas para o ar, enquanto o Fiat foi jogado a uma distância de 30 metros e bateu num poste. Atualmente, Edmundo atua no futebol japonês. Publicamente, ele evita falar do acidente desde 1999, quando da sua condenação.

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