Eliminação revolta palmeirenses

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A eliminação do Palmeiras da Copa do Brasil em pleno Palestra Itália, para o ASA de Arapiraca, revoltou a torcida. Os dois diretores de futebol do clube, Sebastião Lapola e Américo Faria, foram muito xingados por alguns torcedores quando deixavam o estádio e retornaram ao vestiário transtornados. Assustados, alguns jogadores como Christian e Itamar mal sabiam o que fazer. "Pode sair Itamar, você tem moral", afirmou um torcedor descontrolado, momentos antes de ser retirado do local pela polícia. Certamente, nenhum dos envolvidos no tumulto atentou para as declarações do atacante Sandro Goiano, que marcou o gol do ASA na derrota por 2 a 1. Ao deixar o campo, ele disse que no futebol de hoje nome não ganha jogo. "O Palmeiras até pode ser conhecido no mundo inteiro. Seus jogadores com certeza ganham mais do que a gente. Mas nós temos nossas qualidades e mostramos mais determinação nos dois jogos." Em tese, o treinador Vanderlei Luxemburgo concordou com o atacante do ASA. Visivelmente desconcertado, ele mal tinha palavras para explicar a eliminação em casa. Mas a forma como tentou falar do vexame deve ter irritado ainda mais a torcida, que deixou o estádio gritando ?vergonha? para o time do Palmeiras. "Resultados ruins fazem parte do futebol", resumiu o técnico palmeirense. Na seqüência, Luxemburgo comentou que a vida vai seguir independente do resultado desta quarta-feira. "Eu sabia que seria difícil se classificar", revelou ele. "O time deles atuou no contra-ataque. Fizemos o primeiro gol, mas entramos no ritmo do ASA". Quando resolveu analisar tecnicamente o seu time, o Luxemburgo admitiu que faltou trabalhar mais a bola e trocar mais passes. "Não acho anormal sermos desclassificados. Mas eu sou o responsável." O atacante Christian se complicou na hora de comentar o fiasco. "Jogar bem é relativo?, disse ele, concordando em seguida que não será fácil digerir a eliminação. "Todo nosso trabalho para a Copa do Brasil foi em vão. Mas temos muito pela frente."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.