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Em 1986, Careca foi o herói da segunda taça do São Paulo

Conquista chegou após final contra o Guarani em Campinas; atacante fez a diferença no Brasileiro daquele ano

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

O Campeonato Brasileiro de 1986, conquistado em fevereiro de 1987 pelo São Paulo, começou a ser arquitetado em 1985. Naquele ano, o técnico Cilinho mesclou um elenco de "feras" como o goleiro Gilmar, os zagueiros Oscar e Dario Pereyra, além do volante Falcão, do meia Pita e do artilheiro Careca, com os talentosos jovens Silas, Müller e Sidney para se sagrar campeão paulista. Em 86, Cilinho foi substituído por José Carlos Serrão e mais tarde por Pepe. A equipe perdeu a experiência de Falcão e Oscar, mas ganhou em entrosamento. Veja também: São Paulo é campeão brasileiro pela 6.ª vez na história Vitória sobre o Goiás dá o título para o São Paulo  Brasileirão 2008 - Classificação  Brasileirão 2008 - Resultados  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão Invicto em casa, o time do São Paulo chegou para os mata-matas do Brasileirão com goleadas expressivas sobre Ponte Preta (6 a 1) e Botafogo (5 a 0). Nas oitavas-de-final, despachou a Internacional de Limeira, campeã paulista daquele ano, ao vencer no Morumbi por 3 a 0, depois de perder o primeiro jogo por 2 a 1, no campo rival. Contra o Fluminense, nas quartas-de-final, nova derrota fora de casa, mas o 1 a 0 no Maracanã foi superado pelos 2 a 0 no Morumbi, com direito a um golaço de Careca. A semifinal contra o América-RJ foi duríssima. Careca fez o gol da vitória em casa e também foi o responsável pelo empate (1 a 1), no Maracanã. Na decisão, o São Paulo era o favorito, mas tinha pela frente um Guarani embalado e bem armado pelo técnico Carlos Gainete. Sérgio Neri era um bom goleiro, Ricardo Rocha estava em ótima forma, assim como Marco Antonio Boiadeiro no meio-de-campo. No ataque, o oportunismo de Evair casava muito bem com a habilidade do ponta-esquerda João Paulo. O primeiro jogo no Morumbi terminou 1 a 1, gols dos artilheiros Evair e Careca. No segundo duelo, com 37.370 torcedores amontoados no Brinco de Ouro, em Campinas, o atacante são-paulino fez a diferença. Os 90 minutos terminaram empatados por 1 a 1, com direito a chute de Müller na trave e pênalti não marcado pelo árbitro José de Assis Aragão a favor do Guarani, de Vágner Basílio em João Paulo. A prorrogação foi emocionante: 2 a 2. O gol salvador do São Paulo veio com Careca, a um minuto do fim. Como acontecera na decisão do Brasileirão de 1977, o São Paulo ganharia sua segunda taça também após disputa de pênaltis, e na casa do adversário. Desta vez, o clube tricolor marcou 4 a 3. Detalhe: o herói Careca quase virou vilão depois de desperdiçar sua cobrança. Foram 34 jogos, com 17 vitórias, 13 empates e só 4 derrotas.

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