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Em busca do 1º título, Croácia é o 3º país do Leste Europeu a jogar final de Copa

Checoslováquia e Hungria são as outras seleções da região que disputaram decisões do Mundial

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Por Ricardo Magatti
Atualização:

A seleção da Croácia fez história nesta quarta-feira ao derrotar a Inglaterra de virada, por 2 a 1, no estádio Luzhinki, em Moscou. Presente em cinco edições de Copas, a Croácia será o terceiro país que integra o Leste Europeu a disputar uma final de Mundial e busca ser o primeiro da história a vencer o torneio.

A Checoslováquia, dissolvida pacificamente no dia 1.º de janeiro de 1993, dando origem à República Checa e à Eslováquia, e a Hungria foram os dois países da região leste da Europa que estiveram presentes em finais de Mundiais. Nenhuma das duas, porém, foi capaz de conquistar o torneio. Cabe à Croácia, que declarou a sua independência em 1991, muito depois da primeira edição de uma Copa do Mundo, disputada em 1930, levantar o primeiro troféu da região.

Jogadores da Croácia comemoram vitória sobre Inglaterra. Foto: Yuri Cortez/AFP

A seleção checoslovaca foi finalista pela primeira vez em 1934, na Copa da Itália. Na ocasião, não havia fase de grupos, apenas jogos eliminatórios a partir das oitavas de final. A equipe, que tinha o atacante Oldrich Nejedlý como craque, passou por cima de todos seus rivais - Romênia, Suíça e Alemanha - até chegar à decisão, em que foi derrotada pelos anfitriões por 2 a 1.

Em 1962, no Mundial sediado no Chile, os checoslovacos tiveram o Brasil como algoz no jogo final. Na fase inicial, a campanha foi irregular: vitória sobre a Espanha, empate sem gols contra os brasileiros e derrota para o México. Depois, triunfos sobre Hungria e Iugoslávia nas quartas e semifinal, respectivamente, que colocaram a seleção no caminho da seleção brasileira pela disputa do título.

Sem Pelé, machucado, justamente contra a Checoslováquia, no segundo jogo, a seleção brasileira viu Mané Garrincha assumir o protagonismo e levar a seleção ao bicampeonato. Apesar das grandes atuações, na final o craque das pernas tortas não marcou. Depois de sair atrás no placar, com o gol sofrido por Latishev, o Brasil chegou à vitória por 3 a 1 pelos pés de Amarildo, substituto de Pelé, Zito e Vavá.

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A Hungria, por sua vez, também teve a Itália pelo caminho e acabou com o mesmo fim dos checoslovacos. Em 1938, no Mundial da França, com o mesmo formato de quatro anos antes, os húngaros deixaram Indonésia, Suíça e Suécia para trás para disputar a finalíssima diante dos italianos. O melhor ataque do torneio, com 15 gols, sucumbiu à forte seleção italiana, que conquistou seu bicampeonato com um triunfo por 4 a 2. O atacante Piola, com dois gols, foi o nome da partida. O craque da competição foi o brasileiro Leônidas da Silva, atacante considerado o inventor da bicicleta, que terminou aquela Copa como artilheiro, com sete gols.

Em 1954, na Copa que teve a Suíça como sede, a Hungria encantou o mundo com a geração talentosa formada por Bozsik, Hidegkuti, Czibor, Kocsis e, claro, Puskas. Os húngaros empilharam goleadas na primeira fase - 9 a 0 na Coreia do Sul e 8 a 3 na Alemanha Ocidental - e venceram Brasil e Uruguai, ambos por 4 a 2, nas fases seguintes. A oportunidade de conquistar o primeiro título foi interrompida pela Alemanha Ocidental. No jogo que ficou conhecido como o "Milagre de Berna", a Hungria abriu 2 a 0 em oito minutos de jogo, mas levou a virada no final da partida. Apesar do vice, o time lendário de Puskas e companhia, que tinha prazer em marcar gols em profusão, entrou para a história e foi imortalizada na memória do futebol.

Agora, a geração de Rakitic, Modric e Mandzukic vai atrás do primeiro título de um país do Leste Europeu. Para isso, os croatas terão que vencer a França, de Pogba, Griezmann e Mbappé, neste domingo, às 12 horas (de Brasília), no estádio Luzhinki, em Moscou.

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