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Em chegada ao Palmeiras, Abel Ferreira cita 'calendário maluco' e não promete jogo bonito

Técnico português lamenta falta de tempo para treinar, confirma estreia nesta quinta e elogia qualidade do elenco atual

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Por Ciro Campos
Atualização:

O novo técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, foi apresentado pelo clube nesta quarta-feira e logo na primeira entrevista coletiva no cargo garantiu que a prioridade no momento é fazer o time manter a sequência de vitórias, e não se preocupar inicialmente com um estilo bonito de jogo. O português de 41 anos afirmou que pelo calendário apertado e pela falta de tempo para treinar, a equipe terá de pensar mais em resultados neste começo.

Com contrato até o fim de 2022, Ferreira deixou o PAOK, da Grécia, e vai estrear pelo Palmeiras já nesta quinta-feira, diante do Red Bull Bragantino, pela Copa do Brasil. O português afirmou que quer fazer a equipe ter atuações de bom futebol, porém isso só será possível futuramente. "Temos que recuperar a nossa identidade. Agora não me peçam que sem treinar, a equipe jogue como as minhas equipes jogavam. Não há tempo. Neste momento temos que ganhar. Os jogadores sabem perfeitamente o que tem que fazer dentro de campo", disse.

Abel Ferreira vai estrear pelo Palmeiras já nesta quinta-feira, contra o Red Bull Bragantino Foto: Divulgação/Palmeiras

Antes de iniciar o trabalho, o técnico estudou os times brasileiros, as características dos jogadores e a história do próprio Palmeiras. O português admite ter a responsabilidade de representar bem a tradição do clube. "Vamos tentar somar isso ao DNA do clube, tem rica história, é o maior campeão brasileiro. Não sou eu que digo, são técnicos vencedores: é preciso tempo. Mas sei que é preciso ganhar. Ou ganha ou ganha. Não há outra forma", avaliou.

Agora não me peçam que sem treinar, a equipe jogue como as minhas equipes jogavam. Não há tempo. Neste momento temos que ganhar

Abel Ferreira, Técnico do Palmeiras

Ferreira desembarcou no Brasil na segunda-feira, viu a vitória do time por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, e comandou o primeiro treino do elenco na tarde desta terça-feira. Pela avaliação inicial, o treinador considera não ser necessário trazer muitos reforços para o time, pois gostou das opções e principalmente da presença de garotos vindos da base. O técnico, inclusive, tem experiência em desenvolver revelações.

Abel Ferreira assinou contrato com o Palmeiras válido até dezembro de 2022 Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

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"Não é preciso mexer muito (no time), porque temos bons jogadores. Temos jovens. Já entreguei esse diagnóstico ao nosso diretor. Será sempre nessa linha: vamos procurar dentro do clube. Se não tiver procuramos fora. Não tem que mexer muito, estamos bem, temos uma base muito boa", afirmou. Uma preocupação apontada por Ferreira é ter um substituto para Viña na lateral esquerda. O uruguaio será desfalque em breve para defender a seleção em partidas pelas Eliminatórias.

O novo comandante do Palmeiras vai morar inicialmente nas instalações da Academia de Futebol e disse estar preocupado com a agenda repleta de partidas. "É loucura ter dois meses com 18 jogos, mas vamos encarar com seriedade e disciplina", disse. "Ainda tenho de ver quem fez o calendário, porque é um calendário maluco. Vamos ter de nos preocupar com a logística", afirmou.

Abel Ferreira conversa com Gabriel Veron ao fim de treino na Academia de Futebol Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

No Palmeiras, Abel Ferreira terá a companhia de outros compatriotas. Os auxiliares Carlos Martinho e Vitor Castanheira, do analista de desempenho Tiago Costa e do preparador físico João Martins vieram junto com o treinador e também estavam no PAOK, da Grécia.

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Ainda tenho de ver quem fez o calendário, porque é um calendário maluco. Vamos ter de nos preocupar com a logística

Abel Ferreira, Técnico do Palmeiras

Apesar de jovem, o técnico português reforçou que jamais foi demitido na carreira e torce para manter essa escrita no futebol brasileiro, local em que a rotatividade de treinadores é grande. "Algum dia vai acontecer isso (ser demitido). Ainda não fui despedido, mas um dia vou ser. É natural. No futebol, ou mata ou morre. Vivemos em uma selva. As regras do jogo são claras: ou ganha ou ganha", comentou.

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