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Em crise, Guarani pode fechar parte social para manter time na Série C

Dívidas trabalhistas do clube já ultrapassam R$ 70 milhões

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Por Redação
Atualização:

O presidente do Guarani, o advogado Horley Senna, admitiu nesta quarta-feira que pode tomar uma medida extrema caso não haja uma solução rápida para a efetivação do leilão do estádio Brinco de Ouro da Princesa. Antes contestado, o leitão agora passou a ser encarado como a solução para a crise financeira do clube. A alternativa que pode ser adotada a partir desta sexta-feira é o fechamento de toda a parte social do clube, com a dispensa de seus funcionários. Desta forma, priorizaria apenas a manutenção do time profissional na disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.

Estádio do Guarani recebeu nosábado o dérbi entre Ponte Preta e Guarani. Foto: Site Oficial / Guarani

As dificuldades do clube são em manter as contas do cotidiano em ordem. Os funcionários, alheios aos problemas do time, estão sem receber há três meses. Além disto, o time não possui recursos para pagar as contas de luz, telefone, água e até alimentação das categorias de base. "A decisão recente da Justiça de colocar os patrocinadores no passivo complicou a situação", explicou o dirigente. Ele cita como exemplo da crise o fato de o clube ter perdido os 11 patrocinadores que havia obtido. Nenhum deles quer mais se envolver com o Guarani, que se debate com uma dívida trabalhista estimada em R$ 70 milhões. Durante o processo de leilão do Estádio Brinco de Ouro, a Justiça do Trabalho entendeu que os patrocinadores, incluindo a Magnum, parceira do clube, devem ser considerados responsáveis passivos. Ou seja, eles também teriam que assumir parte da dívida do clube. "A torneira fechou, não tem mais colaborador. A decisão afastou os patrocinadores e estamos suando sangue para deixar o clube com as portas abertas. Enquanto isto, as contas do dia a dia estão se acumulando", afirmou. A expectativa por dias melhores é que o Ministério Público do Trabalho "destrave" o processo da venda do Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. A negociação está parada desde que a juíza Ana Cláudia Torres Vianna teve seu afastamento pedido pelo MPT. Ela tinha fechado um acordo com o Grupo Magnum para quitar todas as dívidas trabalhistas, em troca do Brinco de Ouro, o que parecia ser a melhor saída para o clube.

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