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Em depoimento, gremistas negam ofensas raciais

Três torcedores que estavam no setor da Geral do Grêmio foram ouvidos pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta quarta 

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Por Elder Ogliari
Atualização:

Três torcedores do Grêmio ouvidos pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em depoimentos prestados nesta quarta-feira, negaram participação nas ofensas raciais contra o goleiro Aranha, do Santos, durante o jogo realizado na quinta passada. Todos estavam no setor em que fica a torcida Geral do Grêmio, de onde saíram os gritos de "macaco" e imitações de gritos do animal nos minutos finais da vitória santista por 2 a 0 pela Copa do Brasil. A 4ª Delegacia de Polícia investiga o caso. Um dos torcedores que prestaram depoimento, Rodrigo Rysdyk, conhecido como Alemão da Geral, confirmou que estava no estádio no dia do incidente, admitiu conhecer "de vista" alguns frequentadores do setor e sustentou que não viu manifestações racistas. Ao deixar a delegacia, ele não conversou com os jornalistas, limitando-se a dizer havia dado a contribuição que era possível dar para esclarecer os fatos. Outro torcedor, Eder Braga, que é negro, admitiu ter gritado muito para pressionar Aranha a acelerar o jogo, mas garantiu não ter cometido injúrias raciais. Fernando Ascal, gremista também ouvido na tarde desta quarta-feira, negou ter presenciado atos racistas. Ouvidos no dia anterior pela polícia, os gremistas Tiago de Oliveira e Rodrigo Rychter também negaram ter ofendido o goleiro do Santos. Nesta quinta-feira será a vez da torcedora Patrícia Moreira, flagrada por uma câmera de uma emissora de televisão gritando a palavra "macaco", dar suas explicações para o ato.

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