22 de março de 2015 | 18h57
Isolado politicamente e sem conseguir agregar um grupo empresarial capaz de equilibrar as finanças do clube, Lico não aguentou a pressão de um grupo de oposição e preferiu deixar o comando do time do Canindé. Tudo aconteceu diante de poucos olhares, de alguns conselheiros e diretores do clube. José Manuel Mendes Gonçalves, vice-presidente de finanças e membro de um grupo opositor a Ilídio, vai convocar novas eleições.
Por enquanto, não há candidato. A decisão de Ilídio, que formalizou sua saída numa carta ao conselho deliberativo, foi a maneira menos vexatória encontrada para ele não passar por um processo de impeachment.
Este processo foi confirmado pelos conselheiros no dia 5 de março e passaria pela votação numa Assembleia Geral, com a presença de todos os associados. Na verdade, Ilídio parece ser mais uma vítima de um processo de degradação e má gestão que assolou o Canindé nos últimos anos, principalmente na gestão de Manuel da Lupa.
Quando assumiu o clube, em 2014, Ilídio se deparou com dívidas aproximadas de R$ 100 milhões e ainda com o time rebaixado para a Série B por causa da escalação irregular do meia Héverton. Como protesto, Ilídio resolveu enfrentar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) num imbróglio jurídico. Além disso, numa decisão atrapalhada, deu WO no jogo inicial da Série B, em Florianópolis, diante do Figueirense. Por conta desta medida errada, Ilídio foi suspenso por 240 dias. E acabou atacado depois da suposta afirmação de que venderia o Canindé para zerar os débitos do clube.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.