Em meio ao escândalo de compra de votos para vencer a eleição para ser sede da Copa do Mundo de 2006, a Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) tem um novo presidente. Candidato único, Reinhard Grindel foi eleito e vai suceder Wolfgang Niersbach, que pediu a renúncia em novembro passado após o caso ser revelado pela revista alemã Der Spiegel.
Grindel, um político conservador que tinha o cargo de tesoureiro na federação, tem a missão de restaurar a credibilidade à entidade, sacudida com o escândalo que envolve até o "Kaiser" Franz Beckenbauer, ex-jogador e presidente da candidatura alemã para o Mundial de 2006. Ele e outros dirigentes alemães estão sendo investigados pelo Comitê de Ética da Fifa e também pela própria DFB.
De acordo com a publicação da Der Spiegel, um "caixa 2" foi criado pelo comitê de candidatura com dinheiro da Adidas para distribuir dinheiro aos executivos da Fifa. A suspeita é de que uma conta paralela com cerca de US$ 10 milhões foi estabelecida e alimentada por Robert Louis-Dreyfus, ex-CEO da Adidas.
Os recursos teriam sido usados para comprar quatro votos da Ásia, entre os 24 eleitores da Fifa. Em 2000, a eleição terminou com 12 votos para a Alemanha, contra 11 para a África do Sul. Na ocasião, a abstenção do cartola da Nova Zelândia, Charles Dempsey, criou uma ampla polêmica, já que garantiu a vitória dos europeus.