02 de fevereiro de 2018 | 13h44
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, deu sua última entrevista coletiva como mandatário do clube nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava. O dirigente confirmou seu apoio ao candidato Andrés Sanchez, da sua chapa Renovação e Transparência, e defendeu a permanência de Alessandro como diretor de futebol, além de ressaltar a comissão técnica, que ele apontou como 'a melhor do Brasil disparado'.
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Antes da entrevista, Roberto foi homenageado pelos jogadores e funcionários do clube e por seus familiares, na parte interna do CT. Claramente emocionado e segurando as lágrimas, contou que deixa o cargo com o sentimento de dever cumprido. “Estou me sentindo realizado porque três anos passam muito rápido. Saio feliz não pelas conquistas, mas por tudo que eu fiz. Equipe que a gente montou e tenho certeza que o Corinthians hoje tem a melhor comissão técnica do Brasil disparada. Toda a comissão é fora de série e formidável. Acho que posso dizer que sou completamente realizado. Não tem maior realização para um corintiano do que ser presidente do clube. Vou embora cheio de taças. O que eu quero mais da vida? Não é pela despedida (a emoção) e nem por ir embora. Chegou a hora e você se apega às pessoas. É a parte mais difícil”, comentou.
Em relação as possíveis mudanças da nova diretoria, Roberto de Andrade disse que respeitará a decisão do novo dirigente, mas não acha correta qualquer alteração na parte de futebol do clube. “O presidente tem o direito de escolher sua equipe de trabalho. Quando muda presidente, normalmente mudam as coisas. 'Ah, mas tá ganhando e normalmente não se mexe'. Concordo com você, mas não posso responder por quem virá. Espero que o próximo presidente não mexa nada no futebol, não só no Alessandro, não mexa em ninguém. Já mostramos que temos o melhor time de trabalho. Essa é minha opinião”.
Para reforçar sua opinião sobre a comissão técnica, Carille afirma que decidiu apostar em Fábio Carille por conhecê-lo de perto, pois antes de ser presidente, foi diretor de futebol. “Se eu tivesse sido presidente nesses três anos, mas não tivesse passado pelo futebol, eu não teria a oportuidade de ter conhecido o Carille e minha decisão não teria sido essa (apostar nele). Pelo fato de eu ter acompanhado três anos como diretor de futebol e mais dois de presidente, me fez fazer uma análise melhor. Sabíamos que ele tinha competência. É uma excelente pessoa, que ninguém torce o nariz para ele no elenco, mas logicamente que o sucesso total são os resultados das competições e consagramos mais um técnico para o mundo”, comentou.
O dirigente preferiu não elencar quais os maiores erros e acertos de sua gestão. “Toda a atitude que a gente toma, naquele momento você entende que é o melhor. Ao longo do tempo você pode ficar decepcionado que não se tornou o que você esperava, mas isso é na vida. E não existe um grande feito. Um pouquinho de cada dia é que dá um feito gigante. Nenhuma atitude foi pensando em alguém, mas sim, sempre no clube”, explicou.
Neste sábado, ocorrerá a eleição para definir o novo presidente do clube. Estão concorrendo ao pleito Andrés Sanchez, Antônio Roque Citadini, Felipe Ezabella, Romeu Tuma Júnior e Paulo Garcia.
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