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Empate no Ba-Vi dá título ao Bahia

Resultado de 2 x 2 garantiu ao Tricolor baiano o bicampeonato da Campeonato do Nordeste, neste domingo, no estádio do Barradão.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Bahia fez a festa na casa do arquirrival, o Vitória, neste domingo, ao conquistar o título de bicampeão da Campeonato do Nordeste, com um empate por 2 a 2. O estádio Manoel Barradas, o Barradão, orgulho rubro-negro, ficou tricolor, ao final do clássico, porque o Bahia manteve a vantagem obtida na vitória por 3 a 1 na primeira partida decisiva, na Fonte Nova. Comandada pelo atacante Nonato, autor dos dois gols, a festa do Bahia teve direito a olé, repetindo a façanha do título estadual de 1998, também conquistado pelo Bahia dentro do Barradão. A volta olímpica, aos gritos de "Baêa! Baêa! Baêa!", foi também o "presente de aniversário" ao Vitória, que nesta segunda-feira completa 103 anos de fundação. O Vitória precisava vencer por dois gols de diferença. O time tinha de buscar o ataque, única forma de chegar ao título, de acordo com o esquema montado pelo técnico Joel Santana, substituto de Arturzinho, demitido após a derrota por 3 a 1 na primeira partida final. O lateral-esquerdo Leandro e o atacante André apareciam como principais armadores das jogadas de ataque, mas os poucos chutes a gol passaram longe ou pararam nas mãos do goleiro Émerson. Allann Delon, em um chute fraco de dentro da área, e André, em uma cabeçada em cima de Emerson, foram as maiores chances do Vitória. Já o Bahia veio ao Barradão bem fechado, disposto a manter a vantagem e ganhar o bicampeonato. O meia Preto voltou a irritar os adversários e comandou a caça aos jogadores de armação do Vitória. A fama de time mais indisciplinado do Campeonato do Nordeste começou a se justificar com o cartão amarelo para Mantena, ao parar com violência, uma bela jogada de Leandro. Incentivado pela torcida, que cantava o hino na casa do adversário, o time passou a equilibrar o jogo, fortalecendo a marcação para sair em contra-ataques. Mas no segundo tempo, a cautela do Bahia resistiu apenas seis minutos. Allann Delon se cansou de ver o lateral Maurício marcar a si próprio, em todas as bolas que recebeu livre no primeiro tempo. Ele mesmo resolveu levar a bola pelo lado direito da área e rolar para Robson Luís chutar forte, no canto direito de Emerson. Quando o Vitória estava perto de marcar o gol do título, o Bahia reagiu. Um lançamento de Ramalho, símbolo da garra tricolor no Barradão, encontrou Nonato livre de marcação na área. O atacante matou no peito e na saída de Jean, tocou para empatar o jogo, aos 17 minutos. O técnico Joel Santana colocou Samir em campo, no lugar de Robson Luís, e a substituição resultou no segundo gol do Vitória. O juiz Márcio Resende marcou pênalti de Chiquinho em Samir. Fernando chutou no canto direito, enquanto Emerson se jogou do lado esquerdo. O gol, aos 21 minutos, voltou a deixar o Vitória perto do título, mas o Bahia passou a tocar a bola e fazer o tempo passar para garantir a taça na casa do adversário. O técnico Bobô, que conquistou o primeiro título na nova função, tirou o atacante Robson e colocou mais um zagueiro, Acioly, para manter o placar até o fim. Apesar dos cuidados defensivos, o Bahia ainda marcou o gol de empate, com Nonato, aos 41 minutos.

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