
12 de setembro de 2019 | 17h57
O Corinthians recebeu notificação extrajudicial da Caixa Econômica Federal informando a execucação da dívida referente ao que o clube ainda precisa pagar da arena em Itaquera. Mais recentemente, o clube do Parque São Jorge foi notificado que a Caixa vai incluir o nome da Arena Itaquera S/A, que administra o estádio, no cadastro de inadimplentes do Serasa. O despacho é do dia 27 de agosto de 2019.
No processo, o banco informa que o Corinthians não paga as parcelas do financiamento da arena desde março e, por isso, cobra uma multa no valor de R$ 48,7 milhões. O total da causa é de R$ 536 milhões. Isso inclui multa, juros e correções, além do valor do financiamento da obra. A ação corre na 24.ª Vara Cível Federal de São Paulo. O Estado selecionou alguns pontos para tentar tirar eventuais dúvidas sobre o caso.
A dívida inicial era de R$ 400 milhões. O clube já pagou cerca de R$ 160 milhões. Mas por causa dos juros, o Corinthians ainda deve mais de R$ 500 milhões.
Por enquanto não. Se Corinthians e Caixa não entrarem em acordo, deverá haver uma longa briga judicial. Isso já está ocorrendo. O clube tem direito a entrar com recurso e questionar a decisão do banco. Uma solução poderá a contecer. Com a cobrança da dívida no Serasa, o Corinthians vai começar a enfrentar dificuldades financeiras no mercado, como empréstimos.
Para receber o dinheiro, o banco pode executar as garantias financeiras, como está fazendo. Ou seja, fazer com que se cumpra o contrato assinado entre as partes. Os primeiros passos nesse sentido já foram dados. O caso tramita na 24.ª Vara Cível Federal de São Paulo.
Para conseguir o financiamento, o clube colocou como garantia do pagamento de R$ 420 milhões parte do terreno do Parque São Jorge. Juridicamente, essa garantia é usada em última instância. Antes de executá-la, haverá uma longa discussão jurídica entre as partes.
Existe esse risco sim, mas a execução de imóveis é um processo longo e até lá pode haver um novo acordo entre as partes.
Não, o processo vai correr na Justiça, em caso de não acerto, e, enquanto isso, o clube continuará se valendo do seu estádio para mandar jogos, a não ser que aja uma liminar que determine isso, mas, nesse caso, o clube pode derrubar essas determinações também na Justiça.
Provavelmente não. O que deve acontecer é clube e Caixa firmarem uma forma para pagar a dívida até 2028, como estava estabelecido. O problema é que o Corinthians não paga a Caixa deste março e isso provocou a ação judicial.
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