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ENTREVISTA-Brasil prevê expansão do turismo até a Copa de 2014

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Por SERENA CHAUDHRY
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O governo espera que o setor turístico responda por até 4,5 por cento do PIB do Brasil até 2014, ano em que o país realiza a Copa do Mundo, disse na terça-feira o ministro do Turismo, Luiz Barretto Filho. Ele disse que o país espera receber bem mais do que os 370 mil visitantes que foram à África do Sul para a Copa de 2010. "Esperamos conseguir 4 a 4,5 por cento do PIB", disse ele à Reuters durante uma visita à África do Sul para promover a próxima Copa. A Fifa concedeu em 2007 ao Brasil o direito de realizar o próximo Mundial de futebol, como já ocorreu em 1950. A economia do país, a maior da América Latina, cresceu 9 por cento no primeiro trimestre em relação ao ano anterior - melhor resultado em pelo menos 14 anos -, e Barretto disse que o governo planeja criar 2,5 milhões de empregos formais em 2010, muitos deles no setor turístico. "Temos no momento 6 milhões de brasileiros trabalhando no setor turístico. Estamos esperando um aumento de 10 por cento por ano, até 2014." A Fifa, no entanto, tem feito críticas ao Brasil pela demora nos preparativos para a Copa. No mês passado, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, disse ter recebido um relatório alertando para atrasos em várias sedes. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, que também está na África do Sul, se disse preocupado com o ritmo das obras. "Sempre estou preocupado. Há 12 cidades e precisamos trabalhar mais rápido. Mas estou confiante de que 2010 será um momento de virada. E vamos certamente trabalhar mais rápido na preparação para a Copa", disse ele a jornalistas após visitar a exposição que promove o turismo no Brasil. O Brasil, a exemplo da África do Sul, precisa de enormes investimentos em infraestrutura para sediar a Copa, especialmente no setor dos transportes. Orlando Silva disse que o governo tem planos para investir 15 bilhões de dólares para a melhora dos estádios e da infraestrutura. Também como a África do Sul, o Brasil tem no exterior uma reputação de criminalidade elevada. Barreto disse que o governo tem planos para combater o crime, o que inclui reforço no policiamento e instituição de mais programas sociais. "A situação brasileira é bem diferente da sul-africana. Também temos problemas na área do (combate ao) crime, mas não na mesma extensão que a África do Sul", disse Barretto. "É bastante fácil organizar a segurança para um período de 30 dias."

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