PUBLICIDADE

Publicidade

ENTREVISTA-Crime organizado está comprando clubes, adverte Fifa

Por BRIAN HOMEWOOD
Atualização:

Quadrilhas criminosas estão comprando clubes e organizando campos de treinamento de árbitros enquanto se infiltram no futebol para tentar fraudar resultados de jogos, disse à Reuters o chefe de segurança da Fifa em uma entrevista. Chris Eaton afirmou que, como resposta, a Fifa quer fornecer proteção especial aos jogadores que denunciaram ter recebido propostas de fraudadores de resultados e que também vai considerar a possibilidade de reabilitação aos que foram corrompidos jovens. A Fifa também criará um disque-denúncia para qualquer pessoa dar informações sobre comportamento suspeito. "Queremos manipular os manipuladores e intimidar os intimidadores; eles têm de perceber que somos sérios e que a Fifa vai proteger seu pessoal e o esporte contra essas pessoas que não têm um pingo de consciência", disse ele. "Infiltração é uma palavra forte, mas a minha avaliação é de que o crime organizado se infiltrou em diversos níveis do futebol com o propósito específico de ganhar dinheiro com a quantia enorme de renda do jogo que está sendo gerada agora." A compra de clubes é uma forma de os grupos organizados controlarem os resultados das partidas, advertiu Eaton, que trabalhou na Interpol por mais de 12 anos antes de entrar para a Fifa. "Observamos uma tendência de compra de clubes de baixo rendimento e o movimento e o tráfico de jogadores", disse ele, acrescentado que isso aconteceu principalmente em países "menos ricos". "Há uma tendência significativa de tráfico de jogadores, transferindo-os para outras ligas com um mentor, em geral um jogador que vem do mesmo país ou região, que tem muito respeito, e é mais do que provável corrompido, que é capaz de influenciar esses jogadores." "Estamos observando escolas de desenvolvimento de juízes e escolinhas de futebol, algumas que claramente são um front para criminosos. Eles estão investindo no longo prazo no comprometimento desses jogadores."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.