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Erros de arbitragem irritam equipes após três rodadas do Brasileiro

Fim de semana teve mais reclamações com os juízes; ‘Enquanto não houver VAR, não tem jeito’, diz Moisés, do Palmeiras

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Por Redação
Atualização:

No dia 5 de fevereiro, uma reunião na CBF entre os 20 clubes que disputam a Série A, a inclusão do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) no Brasileirão deste ano foi vetada – 12 clubes votaram contra, 7 a favor e um se absteve. Menos de três meses depois, na terceira rodada do torneio, decisões equivocadas dos juízes continuam mexendo na tabela, prejudicando equipes e aumentando a polêmica em torno da arbitragem no País.

Se nas duas primeiras rodadas, Flamengo e Internacional foram os grandes prejudicados, ontem os lances polêmicos e equivocados dos juízes aconteceram nos jogos de Palmeiras, Corinthians e São Paulo. No Allianz Parque, o Alviverde ficou no 0 a 0 com a Chapecoense e reclamou. Primeiro, aos 18 minutos o lateral do time catarinense Apodi empurra, dentro da área, o volante Felipe Melo, mas o árbitro mineiro Igor Benevenuto mandou o jogo seguir.

O assistente Felipe Alan Costa de Oliveira logo após anular gol legítimo do zagueiro Antonio Carlos, do Palmeiras. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

No fim do jogo, Dudu levantou e o zagueiro Antonio Carlos, em posição legal, cabeceou e faz o gol, mas a arbitragem anulou, assinalando impedimento. “O zagueiro deles fez um movimento e me deixou em opção legal para cabecear”, lamentou o defensor após a partida.

O meia Moisés foi outro que reclamou. “A gente fica triste porque esses lances mudam o resultado. Mas não devemos culpar os árbitros. Enquanto não houver VAR, não tem jeito. Mas tem alguns clubes que não querem. Não sei por que. Talvez porque já tenham de outra forma.” Dudu foi outro que esbravejou. “Não adianta falar que é ‘chororô’, não é. Erram contra a gente dentro do nosso estádio.”

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Em Belo Horizonte, o Atlético-MG venceu o Corinthians por 1 a 0, mas os dois times saíram irritados. No final do primeiro tempo, Ricardo Oliveira mandou a bola na trave e Róger Guedes fez o gol no rebote. Dewson da Silva validou o gol, mas voltou atrás após consultar um dos seus auxiliares, alegando mão de Ricardo Oliveira. “Economizam no árbitro de vídeo, mas sempre alguém fala e acaba voltando”, lamentou o lateral atleticano Fábio Santos.

Antes do final do primeiro tempo, foi a vez do Corinthians chiar com razão – Maycon foi puxado por Patric dentro da área, mas o pênalti não foi marcado. Na segunda etapa, mais reclamações dos paulistas, no gol de Roger Guedes – o atacante do Atlético-MG faz o gol “se escorando” em Mantuan e os corintianos pediram falta.

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No Rio, mais polêmica no empate entre Fluminense e São Paulo por 1 a 1. No primeiro tempo, após um cruzamento, a bola bate na mão do zagueiro são-paulino Arboleda, mas Rodolpho Toski Marques não marcou o pênalti. O gol de empate dos cariocas, no fim, deixou o próprio Arboleda irritado. Após a partida, ele desabafou no Instagram: “Como pode ser possível que um árbitro não apite uma falta dessas. Não prejudique meu trabalho. Isso não é um jogo, é um trabalho sério.”

Vale lembrar que os clubes que votaram contra a implementação do sistema, por conta dos custos, foram Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará. A favor votaram Palmeiras, Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Grêmio e Internacional. Apenas o São Paulo, dentre os clubes da Série A, se absteve da votação.

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