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Espanha e Holanda, o primeiro grande clássico da Copa

Finalistas na África do Sul, em 2010, seleções voltam a se encontrar. Favoritismo pende para espanhóis, campeões mundiais e europeus

Foto do author Raphael Ramos
Por Fernando Faro , Raphael Ramos e Sergio Torres
Atualização:

Espanha e Holanda fazem nesta sexta-feira, às 16 horas, na Arena Fonte Nova, o primeiro grande clássico da Copa do Mundo. Será uma reedição da final na África do Sul - pela primeira vez na história, os finalistas de um Mundial se enfrentam já na primeira rodada do torneio seguinte. A expectativa pela partida é enorme na capital baiana. A procura por ingressos foi uma das maiores da Copa, e as entradas desse jogo foram das primeiras a se esgotar.

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O jogo será um confronto de estilos. De um lado, os espanhóis, que, sem pressa, buscam espaços na defesa adversária com seu insistente e envolvente toque de bola. Do outro, a força dos holandeses, que partem para o contra-ataque com a eficiência de pouquíssimas seleções na atualidade. 

O favoritismo pende para os espanhóis, atuais campeões do mundo e da Europa, mas a tendência é de uma partida muito equilibrada, já que a Holanda conta com craques como Robben, Van Persie e Sneijder, que podem desequilibrar qualquer duelo.

Iniesta será um dos grandes astros do clássico na Fonte Nova Foto: Michael Dalder/Reuters

A partida é chave para as duas equipes. Quem vencer estará com a classificação praticamente garantida, porque dificilmente Holanda e Espanha serão derrotadas pela Austrália – o outro adversário da chave é o Chile.

Deter as tramas espanholas é uma tarefa árdua para os holandeses, mas o técnico Louis van Gaal conhece muito bem o adversário e pode traçar estratégias que se mostrem efetivas. Afinal, foi ele quem lançou, no time principal do Barcelona, no início da década passada, aqueles que depois se revelaram craques de estatura mundial: Iniesta e Xavi, principais articuladores da Espanha.

O jogo da Espanha passa necessariamente pelo meio de campo. O triângulo central tem Xabi Alonso e Busquets como bases, e Xavi à frente como distribuidor do jogo. É nesse esquema que a seleção espanhola tem se edificado nos últimos anos. Vale destacar, também, as ótimas jogadas de Iniesta e Jordi Alba pela esquerda. É por ali que nasce boa parte dos gols. “Nosso estilo é muito claro. Queremos sempre dominar o jogo, ter a posse de bola e os jogadores que chegaram à seleção recentemente se adaptaram a isso. É a nossa filosofia”, falou Xavi.

A Espanha, porém, não é só toque de bola. Depois que Diego Costa abriu mão da seleção brasileira, a equipe também passou a contar com a força bruta do atacante. Após derrubar dezenas de zagueiros na Europa na última temporada - marcou 36 gols -, ele pode ser o centroavante de que Del Bosque precisava para resolver jogos mais complicados, como deve ser este duelo.

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Outra opção é jogar sem centroavante, mas com o “falso 9”. Nesse caso, Fàbregas exerceria essa função. “O que quero é que os 23 jogadores estejam preparados para jogar. Podemos jogar com um centroavante ou não. Obtivemos bons resultados atuando das duas formas”, despista o técnico Vicente Del Bosque.

O principal desafio do técnico holandês, Louis van Gaal, é neutralizar o criativo meio de campo espanhol. Seu objetivo é tirar o adversário da zona do conforto. Para isso, planeja conciliar uma defesa superprotegida e fisicamente potente com contra-ataques e triangulações em velocidade - prioridade dos treinos diários desde que a delegação chegou ao Rio, na sexta passada.

Com a recuperação do volante titular, De Guzman, que vinha de lesão muscular, Van Gaal deve escalá-lo à frente da zaga, ladeado pelos também volantes Nigel de Jong e Jordy Clasie. Assim, espera dar liberdade ao criativo trio de ataque, formado pelo capitão Van Persie (85 jogos pela seleção; 43 gols marcados), Wesley Sneijder (99 jogos; 26 gols) e Arjen Robben (75 jogos; 23 gols).“É importante jogar de forma concisa, compacta, quando o adversário tem a bola. Isso é o que deve acontecer. Não é fácil, mas somos capazes de fazer isso”, disse Van Gaal.

Mas para a Holanda se dar bem, Sneijder, de 30 anos, precisa recuperar a forma de 2010, quando foi um dos artilheiros, com cinco gols, e eleito o segundo melhor jogador da competição (atrás do uruguaio Forlan). Carrasco do Brasil naquele Mundial, ao marcar os dois gols da Holanda, Sneijder nunca mais jogou naquele nível. Está escondido no Galatasaray, da Turquia. Outro problema é sua relação com Van Persie: ambos quase brigaram ao disputar uma cobrança de falta.

FICHA TÉCNICA

ESPANHA X HOLANDA

ESPANHA - Casillas; Juanfran, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e David Silva (Pedro); Diego Costa (Fàbregas). Técnico: Vicente Del Bosque.

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HOLANDA - Cillessen; Janmaat, Vlaar, Martins Indi e Blind; De Guzman, De Jong, Clasie e Sneijder; Robben e Van Persie. Técnico: Louis van Gaal.

JUIZ - Nicola Rizzoli (Itália)

LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador

HORÁRIO - 16 horas

TRANSMISSÃO - Globo, Band, ESPN Brasil, SporTV, Fox Sports e Bandsports

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