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Estatuto do Torcedor preocupa São Paulo

Por Agencia Estado
Atualização:

O são-paulino pode ficar sem ver seu time em jogos no Morumbi a partir de 15 de novembro. É o que diz o próprio presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa. O dirigente afirmou que o São Paulo dificilmente terá condições de se adequar em dois itens do Estatuto do Torcedor - sistema de monitoramento de televisão interno e numeração de assentos e ingressos - e, por isso, não pretende se arriscar a abrir os portões e ter de pagar supostas multas. "O custo do sistema de monitoramento para o Morumbi é de R$ 2 milhões e não temos dinheiro para implantá-lo agora", comenta Marcelo Portugal Gouvêa, lembrando que 15 de novembro é a data limite para que os clubes se adaptem às exigências da lei. O São Paulo negocia com algumas empresas, como LG e Gradiente, a possibilidade de pôr as câmeras no estádio, mas as conversas não avançam. E busca patrocínio para o ingresso. A rigor, a numeração dos assentos implicará, também, a numeração dos ingressos e o clube, segundo o estatuto, terá a obrigação de disponibilizar toda a carga ao torcedor, independentemente da importância do jogo. Para as partidas no Morumbi, por exemplo, terá de pôr a venda os cerca de 70 mil lugares, o que representa elevado custo. Os são-paulinos levaram um susto recentemente. Foram multados pelo Procon porque em um dos postos de venda não havia ingressos para estudantes. "Não queremos levar outras multas, que podem ser de milhões. Portanto, se não houver solução, é melhor não abrirmos os portões do Morumbi", avisou Marcelo Portugal Gouvêa.

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