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Estevam aposta na estratégia da leveza

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Por Agencia Estado
Atualização:

Marcinho vai seguir os passos de Jadson. Gabriel colará em Washington - com o auxílio de Daniel, que ficará na sobra. E Nen passará os 90 minutos de olho em Dênis Marques. Será esta a tática do Palmeiras, que quer anular os pontos fortes do Atlético Paranaense para, só então, tentar sair no contra-ataque. "Mesmo jogando em casa, acho que o Atlético é o favorito, por ser líder, estar há 18 jogos sem perder e ter um time muito bem armado, com jogadores capazes de decidir uma partida", diz o técnico Estevam Soares. "Nem por isso vamos jogar só na defesa. Quando der, vamos atacar também, é lógico." E, para atacar, a esperança é o que Estevam chama de "estratégia da leveza", com a dupla de "baixinhos" Pedrinho e Ricardinho. O primeiro, tem 1,70m e 65 quilos. O segundo, substituto do lesionado Osmar, artilheiro do time no Brasileirão, tem 1,73m e 70 quilos. Com os dois, Estevam deixou claro para seus laterais: "É proibido centrar bolas altas na área. A idéia é tentar entrar na defesa deles tocando a bola em velocidade." Ainda segundo Estevam, sem um centroavante forte na área, "o time perde em estatura, mas ganha em técnica no ataque". Para o banco de reservas, o técnico disse que levará dois dos seguintes três atacantes: Thiago Gentil, Zé Eduardo e Alex Afonso. Desses, só o último tem características de centroavante alto e trombador (vale lembrar que Kahê, em má fase, não tem sido relacionado nem para ficar na concentração com o time). Estevam conta também que os dois laterais, Baiano e Lúcio, terão função de destaque, atacando, quando houver chance. Pedrinho e Diego Souza comemoram o auxílio na armação."Com os laterais ajudando, a gente não fica tão sobrecarregado", diz Pedrinho. "Agora, eles (laterais) não poderão reclamar que não podem atacar", emenda Diego. Além de mandar os laterais atacarem, Estevam tem se gabado por dar liberdade aos zagueiros Gabriel e Nen para subirem ao ataque. Nen, aliás, marcou um dos gols da vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, domingo passado, em Caxias do Sul. Estevam gosta de propagar essa sua ?ousadia tática?, por se ver numa luta contra um certo estigma de ?retranqueiro?. Nesta sexta chegou até a discutir com um repórter por causa disso. Considerando que está no meio de uma verdadeira ?teoria da conspiração?, o técnico se sente perseguido pela imprensa. "Falam que eu sou retranqueiro, mas, dos três times da capital, é o Palmeiras quem mais joga pra frente", diz ele, lembrando que Corinthians e São Paulo adotam o esquema 3-5-2 há mais tempo. O interessante é que, na sua própria avaliação, Estevam considera o empate com o Atlético-PR no primeiro turno, no Paraná, como um dos melhores jogos do Palmeiras sob sua direção. Até aí, tudo bem. A ironia é que o jogo foi 0 a 0...

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