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Estevam arma o Palmeiras no 3-5-2

Por Agencia Estado
Atualização:

Tachado como retranqueiro pela torcida palmeirense, o técnico Estevam Soares testou no treino desta terça-feira uma formação com três zagueiros, dois volantes e apenas um atacante de origem. E gostou. Disse que queria testar o 3-5-2 havia algum tempo, que vai usá-lo já no domingo, contra o Juventude, em Caxias do Sul, e que não descarta manter esse sistema no restante do Campeonato Brasileiro. "Dependendo do rendimento, pode ser até que a gente mantenha esse esquema, sim", afirma o técnico do Palmeiras, que já disse não ter medo de ser chamado de "retranqueiro" pela torcida. Nem de "burro". Estevam conta que resolveu adotar o 3-5-2 porque o time estava "tomando muito gol bobo". O curioso é que, até há duas semanas, ele dizia ter encontrado "a formação dos sonhos do Palmeiras", ao escalar um 4-4-2 em que os destaques eram Claudecir no meio-de-campo e Pedrinho no ataque. Com essa formação, a equipe massacrou o Vasco (5 a 2), no Rio, e venceu o São Caetano (3 a 1), no Palestra Itália. Mas bastaram uma derrota para o São Paulo (1 a 2), no Morumbi, e um empate com o Paraná (1 a 1), em casa, para Estevam rever os seus conceitos. E adotar um esquema mais cauteloso. Estevam revela que tem mexido bastante na formação tática do Palmeiras por ainda não ter encontrado uma formação "auto-suficiente em campo". Admite que a equipe "não tem identidade" e que, "às vezes, parece se acomodar em campo, precisando ser acordada aos berros". Já há cinco meses no cargo, o treinador reconhece também que o time ainda não atingiu seu ápice. "Estamos trabalhando, procurando o melhor para o Palmeiras", garantiu. No 3-5-2 testado nesta terça-feira, Gabriel, Nen e Daniel formam a defesa, sendo que este último atua na sobra. Nas alas, o novato André Rocha joga pela direita, no lugar do suspenso Baiano, e Lúcio atua pela esquerda. No meio, Marcinho e Correia ficam como volantes (Claudecir está suspenso) e Diego Souza, como meia. No ataque, Pedrinho forma dupla com o artilheiro Osmar. Quando o volante Magrão voltar da seleção brasileira, Marcinho ou Correia irão para o banco. E o meia Elson, que está com uma inflamação no joelho direito, deve ficar com a vaga de Diego Souza, caso se recupere até sexta-feira. "Esse é o prazo máximo para eu definir a equipe", explicou Estevam. Segundo o técnico, "nessa formação com três beques, o time ganha muito em saída de bola". O zagueiro Gabriel, grande beneficiado pela mudança de esquema, já que vinha esquentando o banco de reservas havia cinco partidas, concorda. "A saída fica mais fácil porque, se alguém perde a bola, sempre tem mais alguém atrás." Depois de encarar o Juventude no domingo, o Palmeiras faz um jogo festivo no dia 20, uma quarta-feira, em prol do Unicef. Muitos pilotos de Fórmula 1 são esperados para a festa, como o alemão Michael Schumacher, o colombiano Juan Pablo Montoya e o inglês Jenson Button. O brasileiro Rubens Barrichello ainda não confirmou presença. A partida, organizada pela Unicef, será no Palestra Itália e a renda, revertida para instituições de caridade.

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