Estilo sargentão levou Cuca ao São Paulo

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Por Agencia Estado
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O São Paulo espera reviver, com a contratação de Cuca, a época da linha-dura adotada na primeira metade da década de 90 por Telê Santana. O treinador de 40 anos, que se desligará do Goiás no domingo e será apresentado no Morumbi no início da próxima semana, atraiu interesse principalmente por seu estilo sargentão e, claro, pelo bom trabalho no Paraná e no próprio Goiás. "O Cuca é sério, disciplinador, tem pulso forte", disse Juvenal Juvêncio, diretor de futebol do São Paulo. O técnico já vinha negociando com o São Paulo desde a semana passada e deverá assinar contrato de um ano para receber cerca de R$ 60 mil mensais. Faltam pequenos detalhes para que o anúncio oficial seja feito, mas a diretoria já informou que está tudo acertado entre as partes. O clube quer esperar, também, que ele se desligue do time goiano. Dois profissionais o acompanharão: um auxiliar, provavelmente seu irmão, Avlanis Stival, o Cukinha, e um auxiliar de preparação física. Desde que Telê deixou o Morumbi por problemas de saúde, em 1995, o São Paulo nunca mais apostou num treinador do tipo linha-dura. Oswaldo Alvarez, Oswaldo de Oliveira, Carlos Alberto Parreira, Paulo César Carpegiani, Nelsinho Baptista, Levir Culpi, Rojas, Dario Pereyra e Muricy Ramalho (em início de carreira) não tinham esse perfil. Preterido - Roberto Rojas já imaginava, nos últimos dias, que não permaneceria no comando. Sua saída, por sinal, já estava definida desde o início de outubro, quando o time fracassou em alguns jogos, como na derrota por 3 a 0 para o Bahia. Foi avisado da decisão na noite de quarta-feira por Juvenal Juvêncio. Não conseguiu disfarçar o aborrecimento com a oficialização da notícia. Rojas ficou tão irritado que nem sequer apareceu, na tarde desta quinta, na festa do lançamento do Reffis (Centro de Reabilitação Esportiva, Fisioterápica e e Fisiológiga), no CT, que contou com várias personalidades são-paulinas. Acha que mereceria ficar por ter conseguido classificar a equipe para a Libertadores. O chileno permanecerá no clube como preparador de goleiros, só que terá de aceitar redução nos vencimentos. Atualmente ganha R$ 28 mil mensais - R$ 10 mil de salário e R$ 18 mil de bônus como treinador. "Esse bônus daremos até 31 de dezembro, depois voltará a ser como era antes", explicou o presidente Marcelo Portugal Gouvêa. Os dirigentes devem lhe dar aumento de R$ 10 mil para cerca de R$ 15 mil. A situação do auxiliar Milton Cruz é semelhante. Ele ganhava R$ 8 mil, além de bônus de R$ 12 mil. "Dinheiro não é tudo, gostaríamos de ficar no comando, mas saímos com a sensação de dever cumprido", afirmou Milton, claramente abatido. Reforços - O zagueiro Fabão e o meia Danilo, ambos do Goiás, são os primeiros que devem chegar para 2004. Cicinho, lateral que atuou pelo Atlético-MG, é outro que tem boas chances de ser contratado.

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