Um dia depois de o Conselho Deliberativo da Portuguesa ter aberto o processo de impeachment contra o presidente Ilídio Lico, o vice-presidente jurídico do clube, José Luiz Ferreira de Almeida, garante que o processo de afastamento não tem validade legal. “Aquela reunião não existiu. Não seguiu o estatuto do clube. Não teremos mudança na presidência. O Ilídio continua”, afirmou o dirigente.
O próprio advogado afirma que voltou atrás no pedido de renúncia que havia feito na quinta-feira à noite, considerando que não haverá alterações na presidência do clube de futebol. “Continuo na presidência do clube”, afirmou Ilídio Lico.
A argumentação da área jurídica é que a reunião de quinta-feira à noite não seguiu as regras do estatuto do clube porque foi interrompida por uma confusão generalizada. Segundo relatos de participantes da reunião, a confusão começou quando o ex-conselheiro Ricardo Torres, que teria sido expulso do colegiado recentemente, pediu a palavra. O presidente do órgão, Marco Antonio Teixeira, não o atendeu, causando sua irritação.
Na confusão, o presidente Ilídio Lico e o presidente do Conselho, Marco Antonio Teixeira, deixaram a reunião. O secretário Fernando Guimarães, entretanto, deu prosseguimento à votação que aprovou o processo de impeachment, que deveria ser levado à assembleia para decisão dos sócios.
De acordo com a área de comunicação do clube, uma reunião realizada nesta sexta-feira pela manhã entre representantes dos poderes do clube – Conselho Deliberativo, Conselho de Orientação Fiscal e a própria presidência – ratificou a decisão de continuidade de Ilídio Lico.
Os dirigentes mostraram preocupação para impedir que a crise política interfira no desempenho dos jogadores da Portuguesa, que ocupa o segundo lugar do Grupo 3 no Campeonato Paulista.