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Eurico ganha mais tempo para defesa

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Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ) ganhou mais tempo, nesta quinta-feira, para se defender da acusação de apropriação indébita de recursos do Vasco para utilização em sua campanha eleitoral de 1998. A pedido do primeiro secretário da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), a mesa diretora decidiu prorrogar por mais cinco sessões o prazo para Eurico Miranda apresentar sua defesa ao corregedor Barbosa Neto (PMDB-GO). Com a decisão da mesa, Eurico Miranda dificilmente correrá o risco de ser julgado e ter seu mandato cassado antes das eleições de outubro. O adiamento para a semana que vem da votação do relatório do corregedor pela mesa diretora da Câmara atrasa ainda mais o julgamento de Eurico Miranda. Nesta quinta-feira completou 54 dias que o caso está nas mãos de Barbosa Neto. As acusações contra o presidente do Vasco surgiram durante as investigações da CPI do Futebol feita pelos senadores. A CPI enviou ao corregedor as denúncias e a expectativa é que Barbosa Neto peça, em seu relatório, a cassação do mandato de Eurico Miranda. O corregedor não conseguiu votar nesta quinta-feira o seu relatório, que será enviado ao Conselho de Ética da Câmara, caso recomende a perda de mandato. Durante o último mês, Barbosa Neto vem tentando ouvir Eurico Miranda. Já enviou três ofícios para que o deputado apresentasse sua defesa: o primeiro foi no dia 9 de abril, o segundo no dia 17 de abril e o último no dia 23 de abril. ?Ele (Eurico) teve todo o direito à defesa, mas não exercitou?, disse o corregedor. Na reunião desta quinta-feira da mesa diretora da Câmara, Barbosa Neto preferiu se abster e não votou pela prorrogação por mais cinco sessões do prazo de defesa de Eurico Miranda. As investigações da CPI do Futebol detectaram uma diferença de R$ 1,272 milhão entre as declarações de renda e a movimentação bancária do presidente do Vasco no período de 1995 e 1999. Também foi apurado que o deputado deixou de declarar gastos de R$ 440 mil na campanha de 1998. A CPI do Futebol propôs o seu indiciamento em quatro crimes: desvio de recursos, apropriação indébita, sonegação de impostos e crime eleitoral.

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