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Ex-Chapecoense, Hyoran agradece por estar vivo e celebra chance no Palmeiras

Jogador atuava pela Chape até fim do ano passado e não viajou à Colômbia porque se recuperava de lesão

Por Ciro Campos
Atualização:

Aos 23 anos, o meia Hyoran vivenciou meses muito intensos recentemente. O jogador atuava pela Chapecoense até o fim do ano passado, só não estava no trágico voo da delegação que caiu na Colômbia em novembro porque se recuperava de lesão e nesta sexta-feira, foi apresentado no Palmeiras, clube que o contratou por quatro temporadas. Na primeira entrevista coletiva na equipe, ele disse que ter passado ileso pela tragédia significa que o futuro lhe reserva boas surpresas.

"Acredito em deus e creio que ele tenha um propósito. Sei que não é fácil acreditar nisso em um momento de tanta dificuldade, mas devo ter algum propósito na vida maior do que eu imaginava", afirmou. O reforço, um dos nove contratados pelo Palmeiras para o começo da temporada, vai vestir a camisa 28, a utilizada no ano passado por Moisés, que agora vai usar a 10.

Hyoran é apresentado na Academia de Futebol Foto: Ciro Campos/Estadão

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O meia, cujo nome homenageia o ex-craque holandês Johan Cruyff, terá como primeiro compromisso no Palmeiras o amistoso exatamente contra a Chapecoense, no dia 21. A partida terá a renda revertida ao clube catarinense, que perdeu 19 jogadores no acidente aéreo de novembro, na Colômbia. Hyoran já estava vendido ao Palmeiras naquela ocasião, porém estava sem condições de atuar.

O reforço palmeirense contou que chegar na cidade onde morava e viveu a emoção de perder tantos amigos será muito marcante. "Podemos ver pelos dois lados. Posso carregar o peso de todas essas perdas ou ver a reconstrução bonita que estão fazendo por lá. A perda eu vou levar para sempre, mas tenho que seguir em frente, jogar futebol e levar tudo o que aprendi", comentou.

Antes de se mudar para São Paulo, Hyoran contou ter visitado o zagueiro Neto, um dos três jogadores sobreviventes na queda do avião da LaMia. O meia garantiu ter superado a tristeza pela tragédia e contou que vê o Palmeiras como a oportunidade de comprovar expectativas. "Quando estava na base da Chapecoense, eu tinha um rótulo de promessa. Mas uma promessa que veio para o Palmeiras é sinal de que evoluiu, está em outro patamar e pode virar realidade", afirmou.

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